Ao colidir com o Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Santana, o Porsche do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho estava a uma velocidade de 156 km/h.
A velocidade excedia em três vezes o limite na Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu o acidente fatal de Ornaldo. O máximo permitido na via é de 50 km/h, de acordo com informações contidas no laudo da Polícia Técnico-Científica, confirmadas pelo Ministério Público de São Paulo ao portal Terra.
Os peritos estimaram a velocidade do veículo de luxo no momento da colisão ao analisar imagens de câmeras de segurança que capturaram o ocorrido.
No entanto, o laudo apresentado é apenas um dos documentos a serem entregues à Polícia Civil. O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) também devem elaborar conclusões.
O Ministério Público de São Paulo comunicou em nota que requisitou uma prova adicional.
O MPSP pediu perícia escaner em 3D para elucidar o acidente com detalhes afirma comunicado.
![Laudo determina que o Porsche estava a 156 km/h no momento do acidente; limite da via é de 50km/h](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/04/2Laudo_Porsche_acidente.jpg.webp)
O acidente ocorreu na madrugada de 31 de março, na rua situada no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre dirigia o veículo de luxo com a presença de um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha.
Em alta velocidade, o carro de Fernando Sastre colidiu com o Sandero de Ornaldo, resultando na morte do motorista de aplicativo. O amigo de Sastre, que estava no banco do carona, sofreu graves ferimentos.
O que se sabe sobre o caso
No dia 31 de março, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 25 anos, dirigia um Porsche avaliado em mais de R$ 1 milhão quando colidiu na traseira de um Renault Sandero. O acidente resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que dirigia o carro popular.
A colisão ocorreu por volta das 2 horas da madrugada na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Após o impacto com o veículo de Ornaldo, Fernando deixou o local da cena.
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Ele estava acompanhado por um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinícius, no momento do ocorrido. O jovem sofreu ferimentos graves e precisou ser hospitalizado.
O motorista de aplicativo Ornaldo, infelizmente, não teve a sorte de sobreviver ao impacto. O condutor do Sandero foi levado para o Hospital Tatuapé em parada cardiorrespiratória, mas faleceu devido a “traumatismos múltiplos”.
Um detalhe relevante para as investigações diz respeito ao potencial consumo de bebidas pouco antes da colisão. Uma comanda, à qual a TV Globo teve acesso, revela que o jovem gastou cerca de R$ 600 em bebidas alcoólicas em um restaurante da capital paulista momentos antes do acidente.
A emissora também exibiu imagens de uma câmera de segurança que capturaram o instante em que uma garçonete de um restaurante retira os copos de bebidas alcoólicas da mesa de Fernando Sastre de Andrade Filho.
O empresário compareceu ao local com sua namorada, o amigo Marcus e a parceira dele, Juliana. Após permanecerem três horas no estabelecimento, os dois casais dirigiram-se a uma casa de pôquer.
Conforme os depoimentos obtidos pela Polícia Civil, eles permaneceram cerca de 2h30 na casa de jogos, até que uma discussão começou na saída.
De acordo com Marcus e Juliana, Fernando ingeriu bebida alcoólica e a discussão era para impedir que ele dirigisse, pois estava “alterado”. No entanto, o condutor do veículo de luxo e a namorada negam essa informação.
A atitude dos policiais militares que atenderam à ocorrência não envolveu a realização do teste do bafômetro no empresário. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) está examinando a conduta dos agentes.
A Secretaria afirmou que a Polícia Militar iniciou uma investigação interna e “comprovado o descumprimento dos procedimentos operacionais, os policiais serão responsabilizados”.