Ao menos 104 crianças e adolescentes ainda não foram encontrados por suas famílias na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, após as enchentes devastarem a região.
O Conselho Tutelar local afirma que a lista de menores de idade separados de seus responsáveis é atualizada minuto a minuto. No domingo (5), eram 249 crianças ainda procuradas.
O número diminuiu para 130 na noite de segunda-feira (6), para 115 na manhã desta terça-feira (7) e, posteriormente, para 104 no início da tarde.
Canoas, localizada aproximadamente a 20 km de Porto Alegre, é uma das cidades mais afetadas pelas enchentes no estado. O conselho esclarece que as vítimas resgatadas foram levadas a vários abrigos sem registro e, em algumas situações, separadas de seus familiares.
São crianças que estão em abrigos, mas ficaram sem comunicação com os pais. Ou então que foram resgatadas por familiares que levaram elas para casas de outras pessoas esclarece o conselheiro Rogério Bahi Behn.
O Conselho Tutelar está coordenando uma força-tarefa com outros órgãos e instituições do poder público para avaliar a situação dos menores de idade.
De acordo com dados atualizados até o início da tarde de segunda-feira (6), 16.697 indivíduos foram acolhidos em 61 abrigos espalhados pela cidade. Esses locais incluem escolas, igrejas, associações, entre outros.
Nesta terça-feira, a Marinha planeja enviar um grupo de fuzileiros navais para erguer um hospital de campanha em Canoas. O local terá capacidade para 40 leitos, e as vítimas das enchentes serão tratadas por médicos militares.