Um vídeo de uma câmera de segurança mostra o fisiculturista Igor Porto Galvão carregando Marcela Luise de Souza Ferreira, que exibia sinais de espancamento, até a entrada de um hospital (veja acima).
Após passar dez dias em coma na UTI, a vítima veio a óbito. O fisiculturista Igor Porto Galvão foi detido e acusado de feminicídio.
As imagens revelam o momento em que Igor estaciona o carro em frente ao hospital localizado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele sai do veículo sem camisa, trajando bermuda e chinelos, e dirige-se à entrada da unidade de saúde em busca de ajuda.
Em seguida, ele retorna ao carro, abre a porta traseira e observa repetidamente a entrada do hospital, aguardando assistência. Após a chegada de dois profissionais, o fisiculturista retira Marcela de dentro do veículo, puxando-a pelos ombros, enquanto um enfermeiro segura a vítima pelo quadril.
As filmagens mostram que os braços de Marcela estavam cobertos por algum tecido. No hospital, Igor afirmou que a vítima havia caído em casa e se ferido. No entanto, as investigações da Polícia Civil indicam que as lesões não eram consistentes com uma queda da própria altura.
Delegada comenta sobre a intenção do fisiculturista
“Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos”, declarou a delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho.
Segundo o laudo cadavérico, Marcela faleceu devido a traumatismo craniano. Além disso, apresentava várias fraturas pelo corpo, incluindo oito costelas quebradas.
Em comunicado divulgado em 21 de maio, a defesa de Igor lamentou a morte de Marcela e informou que o fisiculturista ainda não havia sido ouvido. O comunicado (leia nota completa abaixo) também menciona que a defesa tomará as medidas necessárias para suspender a prisão preventiva de Galvão.
Veja o vídeo:
Sobre o caso
- Marcela Luise de Souza, de 31 anos, faleceu em 20 de maio após permanecer dez dias em coma na UTI, após ser vítima de espancamento.
- Igor Porto Galvão, seu companheiro, está detido e foi acusado de feminicídio.
- O fisiculturista possui histórico de violência doméstica e registros de envolvimento em brigas, de acordo com informações da Polícia Civil.
Comunicado da defesa de Igor – 20/05/2024
A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.
Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.
A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
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