Tiago Gomes de Souza se ajoelhou perante os oficiais durante a reconstituição do crime, que ocorreu na tarde de ontem ao lado de um shopping na rua Pirajá da Silva, local do incidente.
Perícia em andamento. Segundo Liliane Lopes Doretto, delegada que falou ao portal UOL, a reconstituição se fez necessária devido à falta de imagens do exato momento em que o idoso foi ferido e às discrepâncias nas narrativas do suspeito e da testemunha sobre o ocorrido.
Defesa cita “impulsividade momentânea”. Eugênio Malavasi, advogado de Tiago, declarou que
A reconstituição confirmará que a versão de Tiago é corroborada pela testemunha ocular
Antecedentes de violência. Tiago já foi alvo de ao menos outros dois processos judiciais por atos de violência, incluindo um caso de injúria racial contra uma funcionária de loja. Ambos os casos foram arquivados.
O autor quis participar para dar a versão dele. Como a única testemunha é uma criança, pedi que não participasse. O pai dele pegou a versão dele, fizemos a versão e também ouvimos o médico [que prestou socorro ao idoso na cena do crime]. Houve um momento de conversa no qual ele aparentava estar arrependido. Acho que a ficha caiu relatou a delegada Liliane Lopes Doretto, do 3º DP de Santos
Sobre o caso
Um homem de 77 anos, César Fine Torresi, faleceu tragicamente após ser atingido por uma “voadora” no peito enquanto tentava atravessar uma rua em Santos, São Paulo.
O incidente ocorreu quando ele, de mãos dadas com seu neto de 11 anos, foi quase atropelado por um carro, um Jeep Commander conduzido por Tiago Gomes de Souza, conforme relatos de testemunhas.
Após o susto, César bateu com a mão no capô do carro, o que levou a um confronto. Tiago, de 39 anos, reagiu violentamente, saindo do carro e aplicando o golpe que atingiu César no peito.
O triste evento se desenrolou na Rua Pirajá da Silva, na tarde de sábado (8).
A queda resultante do golpe fez com que o idoso batesse a cabeça no chão, relata a Polícia Militar. Um médico que estava próximo ao local prestou os primeiros socorros e chamou o Samu. César foi encaminhado à UPA Leste, segundo familiares.
Meu pai se assustou com o carro do agressor, um Jeep Commander, que quase o atropelou. Ele bateu com a mão no capô e o agressor desceu e golpeou meu pai com uma voadora., contou Cesar Fine Torresi Filho ao UOL.
Na UPA, César sofreu paradas cardíacas e não resistiu. Ele também apresentou sinais de traumatismo craniano, segundo relataram os familiares. O incidente foi registrado oficialmente como lesão corporal seguida de morte.
Veja o vídeo: