Sobre relacionamento e como estragar o seu:
Do ponto de vista geral, o relacionamento tem sido sempre uma experiência bastante dolorosa. O primeiro passo é ter alguém com o objetivo de “dar certo” e, se no passado a experiência foi amarga, acabamos criando um filtro um pouco mais criterioso para, quem sabe, chegarmos mais rápidos ao ideal. Se a ferida está aberta, queremos que seja curada, de preferência rapidamente.
Então, na busca incansável de encontrar o nosso par perfeito, esquecemos de observar que todo o relacionamento dá e deu certo. Certo para desenvolver alguma habilidade, maturidade ou lapidar alguns comportamentos necessários naquele ciclo.
Infelizmente, nosso “dar certo” está sempre associado a uma fantasia: O convívio ideal.
E somos muito deficientes em nos dar apoio e atenção, então projetamos essas faltas em um relacionamento a dois.
O que é preciso para ter o relacionamento ideal, ser feliz e satisfeito?
As respostas assemelham-se a mais companheirismo, comprometimento, valorização, etc.
E, nesse momento, o idealismo se coloca em ação: geramos uma lista (inconsciente) de expectativas que, claro, não demos conta e deixamos o outro responsável por cuidá-las.
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Uma lista enorme daquilo que poderíamos fazer por nós, com um toque de cobrança para a relação ideal.
Não nos sentimos preenchidos, muito menos valorizados… e culpamos o externo.
E queremos de forma ESPONTÂNEA! Ou seja, além de nos preencher e curar nossas feridas, ele(a) precisará ser vidente para saber os momentos exatos dessas necessidades.
Por mais sentimento que exista, como alguém poderá saber uma série de nuances, sutilidade de uma vida interior e atender a tudo isso? É impossível.
Isso não se chama se relacionar, se chama SE INCOMODAR E INCOMODAR “O AMIGUINHO”!
Então, uma das regras para não estragar o relacionamento é evitar tantas cobranças.
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Se você se torna uma pessoa porque o outro precisa, você poda a sua essência, esse peso lhe trará sofrimentos e perdas, mesmo que o começo do relacionamento tenha sido ótimo.
Todo interesse tem um ciclo e termina
É com ele que aprendemos a nos confrontar e amadurecer. Quando fazemos uma autoanálise, começamos a cuidar de nós, então a necessidade de ter alguém passa a ser uma vontade de uma companhia agradável, sincera e sem expectativas.
Já parou para pensar o que deixou de aprender com aquele relacionamento que tanto cobrou, por simplesmente olhar apenas para a sua lista? O aprendizado foi apenas postergado.
Então, você pode aprender com a pessoa atual ou simplesmente descartá-la. Já que não atende a sua lista, ela não é a pessoa “certa” para você. Assim, ficará mais fácil, a culpa nunca será sua e você nunca terá que se enfrentar.
No final da autoanálise percebemos uma semelhança coletiva: fomos e ainda somos egoístas
“Ter” uma companhia não é remédio.
Mudar de relacionamento não soluciona. Eu sinto lhe informar, mas, é você quem estará na nova relação, ainda mal resolvido(a) e, talvez, mais frustrado (a) e exigente. Então, a diferença será apenas o tamanho da lista.
A única pessoa que falta na sua vida, caso sinta que falte, é você mesmo. A vida nos une para aprendermos sobre nós mesmos.
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