Todos nós temos gatilhos emocionais. Você com certeza sabe como é quando alguém faz um comentário em tom de “brincadeira”, que pode não significar nada para outras pessoas, mas te deixa totalmente desestabilizado pelo o resto do dia. Você se sente desta forma quando alguém expressa qualquer desaprovação sobre você. De repente, você se sente deslocado e tendo um ataque de ansiedade, depressão, culpa ou vergonha.
Soa familiar?
Pode ser difícil identificar o que, exatamente, os nossos gatilhos são. Porém, este processo de conhecê-los e compreendê-los pode nos ajudar a curá-los, e aprender a reagir melhor sobre eles.
Mas por que todos nós temos gatilhos? Em suma, todos já fomos crianças. Quando estávamos crescendo, inevitavelmente experimentamos dor ou sofrimentos que não podíamos reconhecer e / ou lidar no momento. Então, quando adultos, criamos gatilhos para experiências que lembram esses sentimentos dolorosos que experimentamos na infância. Como resultado, nós normalmente procuramos uma forma nova ou habitual de tentar gerir esses sentimentos dolorosos.
Então, quais são os seus gatilhos? O que você faz para gerenciar os sentimentos dolorosos que existem dentro de si? Você enfrenta seus gatilhos de frente ou tenta evitar a dor? Aqui estão alguns exemplos que podem ajudar você a descobrir seus próprios gatilhos …
Maddie foi criado por pais ausentes. Seu pai viajava com frequência, e sua mãe era emocionalmente “indisponível”. Ela foi deixada sozinha muitas, vezes mesmo sendo uma criança, e quando sua irmã nasceu, dois anos depois, Maddie foi encarregada dela. Com cinco anos, Maddie não era apenas encarregada de cozinhar para si mesma, como também para sua irmã e seu irmão mais novo. Ela, consequentemente, cresceu mais cedo.
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Hoje, Maddie é uma médica muito competente, mas fica dolorosamente “acionado” quando alguém com quem ela se preocupa não está disponível. Quando Maddie liga para sua filha que está na faculdade e ela não retorna a ligação, Maddie fica chateada e, às vezes, até começa a culpar o marido pela sua dor (mesmo que ele não tem nada a ver com isso).
Até Maddie começar seu trabalho comigo, ela não percebeu que “indisponibilidade” é seu gatilho, e que na maioria das vezes ela tenta evitar sua velha dor, culpando o marido. Mas, agora que está ciente do trauma de sua infância, Maddie está aprendendo a lidar com compaixão com sua criança interior, a fim de se curar.
Meu gatilho costumava ser raiva ou desaprovação de qualquer pessoa. Minha mãe era muito raivosa, e ambos os meus pais eram muito críticos. Por muitos anos, quando alguém ficava triste comigo ou com raiva de mim, eu fiz tudo o que pude para evitar a sensação de solidão e dor causados pelo comportamento sem amor de meus pais para comigo. Sentia-me sozinha e muito desamparada quando criança. Então, sentir qualquer grau de solidão e / ou desamparo quando adulta, foi um grande gatilho para mim. Quando aprendi a ser boa para a minha ansiosa criança interior, eu finalmente me curei desse gatilho.
Alguma dessas situações “aciona” você? Identificar os gatilhos é o primeiro passo para a curá-los.
- Alguém rejeitando você.
- Alguém o deixando (ou a ameaça de que vão).
- Desamparo sobre situações dolorosas.
- Alguém tem ignorando.
- Alguém estar indisponível para você.
- Alguém he dando um olhar de desaprovação.
- Alguém te culpando ou te envergonhando.
- Alguém te julgando ou criticando.
- Alguém estar muito ocupado para ter tempo para você.
- Alguém que não aparenta estar feliz em vê-lo.
- Alguém dando em cima de você sexualmente de uma forma mais necessitada.
- Alguém tentando controlá-lo.
- Alguém sendo carente, ou tentando sufocar você.
Depois de saber seus gatilhos, você pode considerar a origem dos mesmos. Se você se identifica com qualquer um, pergunte-se ao que esse gatilho se relaciona a partir de suas experiências de infância. Só você pode curar seus gatilhos, então tire um tempo para ir dentro de si mesmo, e certifique-se de ser paciente, bondoso e compassivo.
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Assim como exemplificado na situação de Maddie, é típico evitarmos nossos gatilhos quando não temos consciência deles. Alguma dessas técnicas de evitar os gatilhos se relaciona com você?
- Eu fico com raiva.
- Eu fico carente.
- Eu consinto. Faço de tudo para agradar os outros.
- Eu me desligo da outra pessoa.
- Eu culpo alguém pela minha dor.
- Adquiro um vício. Comida, drogas, álcool, sexo, pornografia, compras, jogos, e assim por diante.
Se você se identificar com alguma dessas respostas, como você se sente sobre isso? Você provavelmente vai perceber que a dor não desaparece só porque você tenta evitá-la. No final, você pode até acabar em mais dor. Encorajo-vos a serem muito honestos consigo mesmos sobre seus gatilhos. Mesmo que esta abordagem pareça muito dura inicialmente, ela vai te ajudar a aprender a ser compassivo com você mesmo. A honestidade sobre seus gatilhos acabará por curá-los.
Traduzido pela equipe de O Segredo
Fonte: Mind Body Green