Conheça alguns jovens milionários querem ajudar a comunidade mundial através de suas fortunas!
Herdar uma fortuna milionária capaz de mudar a vida para sempre é o desejo de praticamente todas as pessoas. E muitas delas, quando pensam no que fariam com todo o dinheiro, se concentrariam apenas em seus objetivos e desejos de consumo. No entanto, alguns jovens que herdaram milhões fazem a diferença ao usar o seu dinheiro para mudar o mundo para melhor.
Uma dessas jovens é Marlene Engelhorn, de 30 anos, que causou um alvoroço mundial ao contar que pretendia doar 90% de sua herança. De acordo com uma matéria da BBC, ela herdou a fortuna de Friedrich Engelhorn, fundador da empresa química e farmacêutica alemã BASF, por ser uma de suas descendentes.
Demonstrando um apego completo de dinheiro, ela disse que não precisou trabalhar sequer um dia pela herança e que não pagava nada por ela, por isso já estava na hora de começar a pagar impostos.
![Conheça os jovens herdeiros milionários que desejam pagar mais impostos](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Screenshot_319-1.jpg)
Engelhorn se tornou uma das grandes defensoras dos impostos sobre as grandes fortunas e a justiça distributiva. Em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Rundschau, a mulher afirmou que não se trata de porquê doará, mas sim pelo fato de ser uma barbaridade que não se cobre imposto dela e não se coloque à disposição do erário público.
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Quem tem um pensamento parecido é o alemão Antonis Schwarz, de 33 anos. Ele faz parte da família que fundou uma das 80 maiores empresas da Alemanha, a Schwarz Pharma AG.
Antonis Schwarz recebeu uma herança milionária quando atingiu a maioridade e defende a existência de um imposto sobre o patrimônio que atinja os ativos milionários e multimilionários, assim como regras mais duras contra a evasão e artifícios fiscais.
A iniciativa Taxmenow
Engelhorn, querendo levar o seu pensamento para frente, foi uma das fundadoras da iniciativa Taxmenow (“cobre meus impostos agora”, em tradução literal).
![Conheça os jovens herdeiros milionários que desejam pagar mais impostos](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Screenshot_320-1.jpg)
A iniciativa fundada em fevereiro de 2021 é feita por associação alemã de donos de grandes fortunas que acredita que os governos devem ter com uma parte muito maior do patrimônio que herdadaram.
Os milionários acreditam que todo o dinheiro que receberam sem a necessidade de trabalharem devem ser distribuídas pelo Estado de forma democrática, para haver mais igualdade na sociedade, e buscam apoio através de petições para que sejam feitas melhorias na justiça fiscal.
No total, já acumulam 80 mil assinaturas, sendo que 62 mil são de milionários.
Os milionários refletem que, se o Governo cobrar mais impostos de grandes fortunas, será possível aumentar os recursos públicos e retirar o poder político dos seys detentores.
Engelhorn, que tem sua mente muito formada nesse assunto, chegou a escrever um livro falando sobre a necessidade de redistribuir a riqueza. A obra se chama Geld (“Dinheiro”, em alemão), e nela, a herdeira disse que os ricos precisam entender que os seus privilégios se tratam de injustiça.
![Conheça os jovens herdeiros milionários que desejam pagar mais impostos](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Screenshot_321-1.jpg)
A herdeira, que discorda que apenas o trabalho deixe uma pessoa rica, também comenta que todo o dinheiro que os milionários poderiam estar pagando por suas fortunas fazem falta em escolas, hospitais e tribunais.
Engelhorn, que surpreende com seus pontos de vista, também é defensora da ideia de que as pessoas ricas não deveriam tomar a decisão sobre para onde deve ir o dinheiro que recebem de herança.
Segundo dados trazidos pela BBC, houve uma queda no número de países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é responsável por cobrar impostos sobre as grandes fortunas. EM 1990, eram 12 países. Já em 2020, restavam apenas 5. No entanto, o número de países que cobram impostos sobre heranças é maior. O valor arrecadado representa 0,5% de todos os impostos.
Engelhorn disse ao NY Times que concentrando menos dinheiro na mão da minora mais rica, a Europa é tem uma realidade menos desigual do que os Estados Unidos. No entanto, ela acrescentou que no continente europeu as fortunas familiares são mais frequentes, e a riqueza mais transmitida de uma geração para outra.