Assim como você, o menino José teve sonhos.
O maior deles foi ser governador de uma nação, desejo praticamente inalcançável na época em que ele viveu. Moço humilde, pastoreava ovelhas, vivia em um lar desestruturado por desavenças e rancores entre a família. Possuía onze irmãos, sendo ele o mais novo. Recebia uma atenção especial do seu pai, era o caçula e motivo de grande alegria por ter sido concebido já em idade avançada do casal. Essa afeição que o pai sentia pelo menino, despertou a ira dos irmãos, levando José a passar por crueldades inimagináveis, movidas pelo veneno mortal da inveja, do ódio e do ciúme.
O ridicularizaram e o humilharam por carregar em seu coração um sonho tão grande e majestoso. Foi jogado em uma cova fria e escura, depois acorrentado e vendido como escravo por seus irmãos. José foi forçado a se afastar do aconchego e proteção dos pais e foi lançado para terras distantes.
Em algum momento de sua vida, alguém tentou calar seus sonhos? Alguma situação que você vivenciou já tentou lhe roubar a esperança de alcançar o desejo de sua alma? Já sentiu-se acorrentado por pressões externas ou internas? Aprisionado, sufocado e sem forças para prosseguir na luta pelos seus objetivos?
“Preconceitos, palavras más que nos são ditas, rejeições, olhares de rancor que nos são lançados… Isso tudo tem a grande possibilidade de tornar-se em fantasmas, que nos perseguem dia e noite e tentam enterrar nossos sonhos e talentos.”
Se você, caro leitor, assim como eu, se identificou em algum aspecto com José, não deixe de ler o desfecho dessa história milenar que vai transformar a maneira que contempla seus sonhos.
Agora, escravizado e humilhado, porém com o sonho ainda vívido em seu coração como uma chama perene, ele seguia seus dias com a alma elevada em uma frequência superior de gratidão e confiança. Tudo estava mal, o sonho parecia cada vez mais distante, mas ele havia encontrado a iluminação espiritual, onde os acontecimentos exteriores não encontravam brechas para contaminar sua alma, já blindada então pelo amor.
Sábio e resiliente, assim podemos descrever José.
Você já identificou seus talentos?
Já os potencializou com a força Divina que lhe foi dada?
José sabia muito bem como empenhar suas habilidades, trabalhou com destreza, dando seu melhor a cada dia. Mesmo em meio a esse cenário de caos e sofrimento, ele ainda preocupava-se com seus colegas, com total empatia ajudava a quem pudesse, e isso o fortalecia.
Fazer o bem fortalece o espírito. Revigora a vida.
Treze longos anos de confinamento se passaram.
José mesmo prezo, era livre… sua confiança estava firmada em seu Criador.
“Seu corpo físico pode estar em um cativeiro. Sua mente, jamais!!!
O cárcere interior é a prisão mais dolorosa e difícil de reverter-se, pois as “grades” que nos limitam são os medos, preocupações, lembranças passadas e até mesmo as restrições que criamos voluntária ou involuntariamente.”
Ocorreu então, que após realizar impecavelmente uma tarefa á pedido do rei, o menino, já então homem, foi promovido. Ganhou novas vestes, conquistou a confiança do rei e foi, posteriormente, nomeado e coroado como governador daquela nação. Foi procurado por seus irmãos, os mesmos que o jogaram no calabouço e o venderam como escravo. Mesmo podendo vingar-se, José fez a escolha mais nobre e bela: os perdoou e os acolheu, ajudando-os em suas necessidades.
O que dizer de tamanho ato de grandeza interior?
São muitos os ensinamentos preciosos que essa história escrita em 1440 aC nos fornece, é como comparar com um “leque de valores espirituais”. São muitas as lições que conseguimos extrair dessa história de perseverança e superação.
José venceu a batalha mais difícil: venceu a si mesmo, conquistando assim seu sonho.
Há quanto tempo você espera pelo seu sonho?
Este emocionante relato está disponível nas Escrituras Sagradas, você pode conferir na íntegra todos os detalhes no livro de Gênesis, capítulo 37.