As autoridades envolvidas na busca do submersível desaparecido no Oceano Atlântico estimam que o suprimento de oxigênio a bordo do veículo se esgotará nesta quinta-feira (22).
O que aconteceu:
A declaração foi feita hoje pelo contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA, em entrevista à rede britânica BBC. Ele esclareceu que essa estimativa é baseada no momento em que o submersível iniciou a viagem no domingo (18) e, de acordo com a estimativa inicial, os passageiros teriam entre 70 e 96 horas de oxigênio disponível.
Mauger também mencionou que os esforços de busca estão sendo intensificados devido ao tempo restante. Até agora, mais de 25 mil quilômetros quadrados foram percorridos pelas equipes em busca da embarcação desaparecida.
Navios, aeronaves e veículos submarinos controlados remotamente, além de um barco equipado com câmara de descompressão e atendimento médico, estão envolvidos na operação de resgate. O capitão Jamie Frederick destacou que “Essa é uma operação complexa, que requer várias agências com expertise no assunto e equipamento especializado”.
Além da Marinha e Guarda Costeira dos Estados Unidos, a Guarda Costeira do Canadá também está participando das buscas pelo submersível.
Durante as operações de busca, foram detectados sons que podem estar relacionados à embarcação desaparecida. Um avião canadense envolvido nas buscas identificou batidas em uma determinada região a cada trinta minutos. Frank Owen, ex-comandante de submarinos da Austrália, explicou à BBC que esse é o protocolo utilizado para alertar as equipes de busca. “A cada meia hora, você bate nas laterais por três minutos”.
Entenda o caso
Na manhã de domingo, 18 de junho, o submersível conhecido como “Titan” mergulhou com o intuito de explorar os destroços do Titanic no Atlântico Norte.
De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, o barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com o submersível aproximadamente uma hora e 45 minutos depois.
A expedição conta com um piloto e quatro passageiros: Stockton Rush, presidente da OceanGate; o bilionário Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, um empresário paquistanês e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, capitão do submersível e renomado especialista no naufrágio do Titanic, conforme informações do The Guardian.
Segundo as autoridades canadenses, o submersível foi considerado desaparecido em uma área localizada cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, exatamente onde ocorreu o naufrágio do Titanic em 1912.