Grover é músico e, mesmo passando por um difícil tratamento, fez questão de tocar seu violino para amenizar o clima tenso da UTI.
Mesmo para os pacientes que desenvolvem sintomas leves, a covid-19 já é uma doença difícil de ser tratada, basicamente pelo fato de ser desconhecida pela ciência.
Mas para paciente mais grave, que se vê obrigado a ficar em leito de unidade de terapia intensiva (UTI), esse processo é ainda mais desgastante. Se vir obrigado a ficar horas deitado, muitas vezes entubado, enquanto seus pulmões ficam cada vez mais debilitados pelo vírus causador da doença, é um desafio que exige otimismo e esperança de um paciente.
Essas, por sinal, são duas características que não faltam ao músico Grover Wilhelmsen. Wilhelmsen é um professor de orquestra aposentado e dono de uma empresa de instrução musical e conserto de instrumentos, que acabou contraindo a doença em pleno pico da pandemia.
Ele deu entrada no pronto-socorro do Hospital McKay-Dee, em Ogden, Utah, Estados Unidos, com forte tosse e só dois dias depois precisou ser encaminhado paras a UTI da unidade hospitalar. Mas se engana quem pensa que Grover desistiu de lutar em meio a um cenário tão desolador.
Justamente por perceber a rotina de trabalho dos funcionários e todo o sofrimento que outros pacientes, assim como ele, estavam enfrentando, ele teve uma ideia singela, mas emocionante.
Certo dia, ele pediu que sua família lhe levasse seu violino para a ala de hospital onde ele estava internado. Com o instrumento em mãos, ele decidiu fazer uma linda homenagem para todos os funcionários do hospital, que estavam se dedicando integralmente à sua recuperação. Sentado à beira da cama e ainda com vários fios e o próprio tubo de respiração preso ao seu corpo, ele começou a tocar uma de suas músicas e emocionou a todos que estavam no local.
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Confira o vídeo a seguir:
E o recital de Grover não foi um episódio isolado, a equipe médica disse que ele tocou por algumas horas em dias consecutivos.
Mesmo debilitado, o aposentado quis demonstrar sua gratidão, mesmo não estando no seu melhor estado de saúde.
A enfermeira Ciara disse que o gesto do idoso era um sinal de que ela e sua equipe estavam proporcionando uma estada de muita paz, conforto e incentivo ao paciente, apesar de todos os desafios que ele está enfrentando. “É algo que estará para sempre em meu coração e me seguirá pelo resto da minha carreira de enfermagem”, completa a profissional.
E as apresentações que ele fazia no hospital parecem ter agido como terapia para Wilhelmsen, tanto que alguns dias depois ele foi transferido para um quarto comum, mas com a mesma série de cuidados que a equipe já vinha lhe oferecendo. Embora ele continue fraco e impossibilitado de falar, sua esposa Diana Wilhelmsen disse ao portal Deseret News que já notou melhora.
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O fato de ele querer tocar música para médicos e enfermeiras enquanto estava na UTI é exatamente o tipo de cara que ele é, ou seja, alegre, divertido, alto-astral. Tomara que em breve Grover Wilhelmsen esteja 100% curado para poder voltar para casa e continuar tocando para todos aqueles que ele ama!
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