Afastai de mim este cálice, mas não as Suas mãos, que sempre me amparam, quando mais preciso e que me acolhem, quando estou perdida.
“Pai, afastai de mim este cálice, todavia, não seja como eu quero e sim como Tu queres.” (Mt 26:39)
Pai, afastai de nós este cálice e que possamos ser salvos mas, acima de tudo, que o Seu projeto seja consumado e o mal exterminado!
Assim, que não seja como almejamos, se for contra a Sua vontade e, sim, como o Senhor quer. Faça-se sempre a Sua vontade, dentro do livre-arbítrio que nos concedeu. A minha escolha é ser guiada pelo Senhor, no Seu caminho de vida!
Entrego-me em Seus braços, como Seu instrumento de atuação neste mundo, instrumento que pretende, num dia, ao olhar para trás, orgulhar-se das obras que realizou em Seu nome, em prol do bem comum e não somente do pessoal.
Afastai de mim, dos que amo e de toda a humanidade enfim, as tempestades deste mundo, mundo no qual não pretendo deixar herdeiros nem herança, nem disputas nem intemperança.
Se tempestades serão necessárias, que elas venham para acrescentar ao meu conhecimento, experiência e amadurecimento. Algumas quedas ensinam como levantar, várias quedas ensinam como persistir.
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Afastai de mim este cálice, mas não as Suas mãos, que sempre me amparam, quando mais preciso e que me acolhem, quando estou perdida.
Este mundo é tão amado pelo Senhor, mas tão desprezado por muitos. Este é um dos maiores bens que nos deixou, pedra preciosa que não soubemos valorizar, assim como a Mãe Natureza, que é tão maltratada. Despertamos somente durante as adversidades. Valorizamos a maré calma, quando navegamos em oceano impetuoso.
A humanidade precisa conhecer o sofrimento para valorizar o bem-estar, precisa sentir a textura da gota da chuva para valorizar o raio de sol que a seca.
Afastai de nós este cálice, mas que seja feita a Sua vontade hoje e sempre!
Inspiração livro “Enigma – Todo começo tem um fim”, de minha autoria. Ed. Letras do Pensamento, 2018.
Direitos autorais da imagem de capa: pintura de Simon Dewey.