Existe um temor ainda maior do que perder os filhos – o medo de partir e deixá-los para trás, sabendo que ainda dependem de você. Contudo, e quando esse temor se multiplica? Zak e Cori Salazar, residentes da Califórnia, nos Estados Unidos, enfrentam uma situação inimaginável: ambos, pais amorosos de três adoráveis meninas – Juniper, 4 anos, Delaney, 3 anos, e Luna, com 1 ano e meio – foram diagnosticados com câncer simultaneamente. Agora, lutam incansavelmente contra a doença e se esforçam ao máximo para criar suas filhas da melhor maneira possível.
Há alguns meses atrás, mais precisamente em março, Cori, de 38 anos, recebeu uma notícia devastadora. Durante uma autoavaliação, percebeu um caroço em seu pescoço e, após realizar alguns exames, foi diagnosticada com uma forma agressiva de câncer de tireoide. No dia 6 de junho, passou por uma cirurgia para a remoção da massa e dos gânglios linfáticos.
Poucas semanas após enfrentar a revelação que mudaria sua vida, Zak, marido de Cori, viu seu mundo virar de cabeça para baixo. Em 28 de junho, após uma consulta com um oftalmologista, recebeu o diagnóstico de um tumor cerebral maligno de 8 centímetros. Durante o exame, o médico notou o inchaço dos nervos ópticos e encaminhou-o a um especialista, que prontamente solicitou uma ressonância magnética de emergência. O resultado revelou uma “grande massa” no lobo frontal direito do cérebro. Sem demora, Zak precisou passar por uma cirurgia para removê-la, apenas para descobrir que enfrentava um tumor cerebral ainda mais agressivo e de crescimento acelerado, conhecido como glioblastoma multiforme.
A situação se agrava ainda mais: o pai recebeu a angustiante notícia de que o tumor é incurável e lhe foi dado um prazo de vida de 12 a 18 meses. Apesar disso, sua determinação em vencer e sobreviver à doença permanece inabalável. Em agosto, ele iniciará um ciclo de quimioterapia na busca por esperança. Quanto a Cori, sua condição está melhorando, contudo, ela precisa realizar exames de sangue a cada três meses para monitorar se o câncer não retorna.
A família lançou uma campanha de financiamento coletivo no Go Fund Me com o intuito de auxiliar nos custos dos tratamentos. Na página, explicam que não possuem benefícios por invalidez e estão impossibilitados de trabalhar, resultando em uma “estabilidade financeira da família fica gravemente comprometida”. “O fardo do aluguel, contas médicas e a necessidade urgente de garantir as necessidades básicas das crianças pesam muito no coração de Cori e Zak”, diz o texto.
Em uma entrevista à revista People, Zak compartilhou que os fundos arrecadados seriam uma “rede de segurança para o futuro. “Caso o pior aconteça, precisamos saber que as meninas serão cuidadas”, suas meninas seriam devidamente cuidadas.
Com otimismo, ele compartilhou que, de certa forma, o diagnóstico também lhe salvou a vida. “Sinto que meus olhos estão abertos pela primeira vez e estou totalmente acordado e ciente do que é a vida”, explicou. “A partir de agora, cada segundo adicional que passo com minha família – com minha esposa, minhas filhas e as pessoas que amo – é um presente total e absoluto. Não pretendo perder um único segundo”, concluiu.