O ator e músico ainda revela que a relação que cria com a natureza é uma das coisas que mais o deixam maravilhado, ressaltando que é possível viver de maneira harmônica no local.
A novela “Pantanal” vai deixar mais que saudade no público, alguns chegam a apontar que, possivelmente, se sentirão órfãos de narrativas tão viscerais quanto as que o folhetim apresentou no remake. Muitos personagens foram apontados como favoritos dos espectadores, e dentre eles Gabriel Sater acabou tirando de letra o desafio de incorporar mais do que Xeréu Trindade, mas também o “Cramulhão”.
Em entrevista ao site Vida de Bicho, da revista Casa & Jardim, o ator e músico Gabriel Sater falou um pouco sobre suas impressões sobre o Pantanal, sua relação com o pai, Almir Sater, e também seus planos futuros. Muitos não sabem, mas na primeira versão da novela “Pantanal”, exibida em 1990, quem interpretava Trindade era Almir, que também caiu nas graças do público assim como o filho.
E a relação que Almir Sater mantém com o enredo vai muito além do que suas aparições nas duas versões, ou nos embates de viola que teve com o próprio filho na atual versão, mas também se tornou responsável por ceder instalações para o elenco ficar durante alguns meses e para as gravações de dezenas de cenas que ocorreram literalmente no Pantanal.
Gabriel não apenas reverencia o amor do pai pelos animais e pelo bioma, como reforça que ele é um apaixonado pela natureza selvagem, como se fosse o “José Leôncio da vida real”. Assim como Almir, o jovem reforça que carrega o mesmo amor pelos animais que correm livres pelas matas, assim como pela natureza em seu estado mais puro, sempre preservada.
De acordo com Gabriel, no Pantanal ninguém pode se dizer dono de nada, justamente porque é o amor e o respeito que fazem as coisas funcionar em perfeita harmonia. Em meio a tantas investidas atuais contra o meio ambiente, incluindo o próprio local, o ator garante que é sim possível se integrar ao ecossistema ao mesmo tempo em que se colabora para a manutenção dessa coexistência, sem danificar e prejudicar a fauna e a flora.
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Para Gabriel, dentre todas as belezas absolutas do local, as onças acabam chamando a atenção, e na fazenda do pai – local que serviu para as instalações de parte do elenco e das próprias gravações – é comum vê-las andando livremente. De hábito mais noturno, o músico comenta que foram vários os sustos que já levou vendo-as passeando pelo terreno, não porque demonstram algum tipo de agressividade, pelo contrário, porque possuem uma magnitude difícil de traduzir.
Por mais que boa parte das pessoas possam se sentir amedrontadas com a possibilidade da existência de onças em qualquer lugar, Gabriel reforça que sabe que os intrusos ali eram os humanos, e que nunca se incomodou com os animais em seu habitat natural. Sempre visitando o pai em sua fazenda, ele explica que aprendeu desde cedo a compartilhar o espaço com animais selvagens, sempre buscando impactar o mínimo possível no espaço.
Uma das paixões que sempre nutriu foi pelos cavalos, e nas próprias gravações muitos elogiaram sua proximidade com eles. Mas Gabriel revela que estava há muitos anos sem cavalgar, principalmente por conta de seus compromissos profissionais e da pandemia, precisando participar de preparações e adaptações com os animais para a novela.
O amor pela natureza se mostra, principalmente, na revolta que sente quando comenta que a maioria da população não sabe que depende exclusivamente do meio ambiente para sobreviver. A preservação e a vida urbana precisam caminhar lado a lado, e Gabriel reforça que sempre participa de ações que visam proteger animais ameaçados de extinção no local, como a arara-azul, as próprias onças e até mesmo os rios e nascentes.