O ator Pedro Cardoso, de 60 anos, foi convidado para comentar uma notícia envolvendo a ex-presidenta Dilma Rousseff, ao vivo, em um programa da CNN Brasil e fez críticas à emissora durante a transmissão, nesta sexta-feira, 24.
Depois, nas redes sociais, ele se manifestou sobre a experiência.
No momento, durante o “CNN Arena”, o artista teve espaço para falar sobre a notícia de que Dilma foi indicada para presidir o Banco do Brics.
Os apresentadores questionavam a qualificação da ex-presidenta para assumir tal posto.
“Eu não sou um especialista nos assuntos que vocês estão tratando, eu sou um ator. Quero apenas dizer uma coisa a respeito do que estamos vivendo aqui. O público, quando está diante de um programa como esse, que estamos participando, está diante, na minha opinião, de duas notícias”, começou.
Para ele, existe a “notícia que está dita”, que é o fato em si, e outra notícia não tão evidente: “A notícia de que isso está sendo noticiado neste veículo, por esta empresa, por estas pessoas.”
A partir disso, Cardoso crítica que as notícias, a partir desta segunda perspectiva, transmitem certa espontaneidade, mas pede para que o público reflita sobre a narrativa apresentada e a intenção da emissora.
“Me ocorre sugerir ao público que se pergunte o que é que o narrador desse programa quer narrando os fatos do modo que está narrando. O que que essa empresa, CNN Brasil, quem é o dono dela, qual eleição que o dono fez desse elenco de profissionais. E por qual razão uma pessoa como eu, que sou comediante, fui convidado para participar aqui. E por que eu estou aqui?”, complementa.
Veja o momento:
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Na manhã deste sábado, 25, o ator publicou em seu perfil do Instagram uma análise sobre a experiência e considerou ter sido um dos momentos mais nebulosos de sua vida pública.
Pedro Cardoso diz que se sentiu em “uma versão amena da Jovem Pan” e que o programa se organiza como um debate, mas que é falso.
Confira a publicação, na íntegra:
Dilma no Brics
A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi oficializada no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, nesta sexta. O mandato à frente do banco vai até julho de 2025.
No cargo, Dilma deve ganhar cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) por ano à frente da instituição, equivalente ao valor pago pelo Banco Mundial, o que refere-se a um salário mensal médio de cerca de R$ 220 mil, segundo reportagem do Estadão.
A política foi indicada pelo governo Lula ao cargo, já que cabia ao Brasil indicar uma nova chefe para o banco. O antecessor de Dilma no cargo era o também brasileiro Marcos Troyjo. O diplomata foi indicado em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A eleição marca o retorno de Dilma a um cargo público, após ter sido destituída pelo Congresso Nacional. Dilma não voltou a ocupar cargos políticos e passou apenas a participar de palestras, debates e discussões acadêmicas e partidárias.