No término de abril, Isabel Veloso, aos 17 anos, compartilhou em suas redes que enfrentou uma ameaça de infarto. Diagnosticada com um câncer severo dois anos atrás, ela continua recebendo cuidados paliativos.
Nesta quinta-feira (2), Isabel participou de uma live no Instagram onde novamente enfrentou ceticismo sobre seu estado de saúde.
Queria entender como que a pessoa sente dores, fica sem dormir e ainda tem energia pra dar entrevista na internet toda sorridente, questionou um internauta.
Ao contrário do que muitos pensam, estar sob cuidados paliativos não implica permanecer na cama o tempo todo. Essa abordagem busca proporcionar qualidade de vida e redução do sofrimento, permitindo uma rotina ativa dentro do que é possível.
Os especialistas em cuidados paliativos trabalham considerando a individualidade de cada paciente, tornando-o central no processo de cuidado, com uma perspectiva que transcende a condição médica.
Princípios dos cuidados paliativos
- Buscar o alívio de dor e outros desconfortos;
- Evitar acelerar ou postergar a morte;
- Apoiar o paciente a manter uma vida ativa até onde for possível;
- Começar o quanto antes, acompanhado de tratamentos que possam prolongar a vida;
- Reconhecer a vida e aceitar a morte como uma progressão natural;
- Incluir os aspectos psicológicos e espirituais no atendimento ao paciente;
- Potencializar a qualidade de vida e impactar positivamente sua trajetória;
- Auxiliar a família durante a doença e no luto subsequente.
Em 22 de abril, Isabel realizou seu sonho de casar-se com Lucas Borbas numa celebração ao ar livre, apenas alguns dias depois de oficializar a união no civil.
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Não é porque sou uma paciente terminal que preciso estar em uma cama o tempo todo, declarou ela ao VivaBem da UOL.
Os cuidados paliativos são sobre melhorar a qualidade de vida.
A equipe de cuidados paliativos realiza intervenções específicas para minimizar o sofrimento físico e permitir que a vida transcorra naturalmente, visando uma “boa morte” (kalotanásia).
Prolongar uma vida é maravilhoso, desde que seja com qualidade. Qualquer procedimento deve ser comprovado cientificamente e ter concordância do paciente e de seus familiares, enfatizou o paliativista Douglas Crispim.
Quem é Isabel Veloso
A jovem de 17 anos foi diagnosticada com um câncer agressivo, um linfoma de Hodgkin, aos 15 anos.
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Após explorar várias opções de tratamento — quimioterapia, transplante e medicamentos —, ela e seus médicos optaram pelos cuidados paliativos.
No TikTok, Isabel encontrou um meio de expressar seus sentimentos, servindo “como uma fuga”, e conquistou uma audiência significativa.
Mesmo diante de questionamentos sobre sua condição ou suposições de que desistiu de lutar, Isabel recebeu mensagens de gratidão de pessoas que passaram a ver a vida de forma diferente após seus relatos.