Em vários momentos de nossas vidas nos perguntamos porque nos decepcionamos tanto com as pessoas ou com as coisas, a resposta é simples, porém a prática exige um exercício de autoanálise.
Nos decepcionamos com certa frequência por um motivo “muito simples” a expectativa que colocamos em cima do outro, a idealização de uma pessoa que não existe de fato, ou pode até existir, mas pode não ser como queremos, e magoar nossas expectativas nos causam muita dor, aquela sensação de fracasso.
Esperar algo de alguém ou de alguma coisa é completamente natural, anormal seria se não esperasse nada, pois está afirmando a si mesmo que qualquer coisa serve, e somos importantes nesse mundo e merecemos o melhor que a vida pode nos oferecer, o problema começa quando esse “esperar” começa a ficar exagerado, então como saber se estamos excedendo as doses?
Observe seus sentimentos:
Tudo que nos causam dor, pesar, níveis anormais de ansiedade nos servem como alerta de que alguma coisa está errada ao nosso redor, os nossos sentimentos são os melhores parâmetros para entender o nosso corpo a nossa mente.
Colocar as pessoas na nossa frente:
Muitos de nós, temos a tendência de colocar o outro a nossa frente, como se o outro fosse a coisa mais importante do mundo e que sem ele você não pode viver, a realidade é bem diferente das nossas idealizações muitas vezes, colocar o outro a sua frente você está afirmando a si mesmo que não é tão importante, você se apaga, se anula, esquece de ver suas próprias necessidades, seus desejos, suas vontades, esquece de viver para viver em função do outro. Alguns fazem isso por baixa autoestima, algumas pessoas não reconhecem ou até mesmo não sabem do seu próprio valor como pessoa, não percebem que tem total capacidade de agir, fazer as coisas, realizar seus sonhos e por isso, se anula para viver em função do outro. Por vezes, essas pessoas esperam que o outro seja seu salvador, que realize coisas que ela mesma poderia estar fazendo, porque essas pessoas perderam a fé nelas mesmas e transferem toda a responsabilidades para o outro.
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É natural do ser humano ter suas ilusões, é super saudável, por exemplo as crianças vivem em um mundo de fantasia com muita imaginação e criatividade. Ao contrário do que muitos pensam (inclusive eu), adultos também sonham, vivem suas fantasias, o único problema é que só sonhar acordado pode ser prejudicial, porque ficamos presos apenas á fantasias e não agimos para conquistar nossos objetivos pessoais.
É de extrema importância ressaltar que, ter uma certa expectativa nas coisas ou nas pessoas que estão a sua volta é essencial, já que pode servir como um filtro daquilo que nos faz bem e aquilo que não faz, porém como mencionei no início, precisamos fazer uma autoanálise a fim de obtermos capacidade de nos expressar da forma que pensamos e sentimos, desenvolver nosso amadurecimento diante das propostas que a vida nos oferece.
Alguns pontos importantes para você refletir:
Como você vê sua vida? O que pensa sobre ela?
Quando você deseja alguma coisa, você se contenta apenas em sonhar, pensar ou você age simultaneamente aos seus sonhos?
Quando faz alguma ação para outra pessoa, costuma esperar algo em troca? Se sim por quê age dessa forma?
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Como você age diante das pessoas?
O que espera obter das pessoas do seu convívio?
Você tem aquilo que deseja? Caso ainda não tenha, está trabalhando para obter aquilo que precisa?
Suas expectativas sobre as coisas e as pessoas estão de forma exagerada ou de forma equilibrada? Caso esteja desalinhada, está tentando se conhecer e se aperfeiçoar?
Você sabe pedir, ou espera que as outras pessoas adivinhem o que precisa?
Essas são algumas perguntas que deve fazer a si mesmo diariamente para se conhecer, saber aonde está acertando, aonde está errando, no que pode melhorar ou o que precisa apenas de um aperfeiçoamento. Tenham em mente sempre que, a vida não é uma receita de bolo, que é só seguir a receita que tudo está ok, precisamos tropeçar, errar, cair, levantar para a ascensão da nossa alma. Ninguém é perfeito, e se todos nós fôssemos perfeitos qual seria o sentido da vida?