Processado por Rosângela da Silva, a Janja, o conselheiro do Corinthians Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, tenta agora um acordo com as advogadas da primeira-dama para driblar o pagamento de uma eventual indenização, caso seja condenado.
Janja entrou contra uma ação por danos morais no valor de 50.000 reais contra Mané em meados de janeiro, após o dirigente proferir ofensas contra a socióloga na internet.
“Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo e a putana da Janja e os quarenta ladrões”. Ao ser confrontado nos comentários da publicação (que foi apagada posteriormente), o agressor respondeu: “Por acaso eu menti?” e “Futura primeira-dama só se for sua, seu esgoto, lixo”.
Na ação apresentada, as advogadas — lideradas por Valeska Zanin, esposa de Cristiano Zanin, advogado de Luiz Inácio Lula da Silva — defendem que o acusado agiu na intenção de ferir a “honra e a imagem” de Janja, além de ter ferido sua imagem como mulher. As defensoras pediram, além da reparação financeira, uma retratação pública a ser feita pelo acusado. VEJA entrou em contato com Mané nesta quinta-feira, 9, que confirmou a tentativa de um acordo, mas preferiu não dar detalhes sobre o andamento das negociações. O processo, recebido pela juíza Marina Balester Mello de Godoy, da 5° Vara Cível de São Paulo, está em fase de manifestação da parte.
Poder feminino
Janja tem apertado o cerco contra ofensas e xingamentos recebidos na internet e decidiu escalar um time exclusivamente de mulheres para sua defesa. Comandada por Valeska Zanin Martins, o grupo é formado ainda pelas advogadas Maria de Lourdes Lopes, Júlia Caldas Marques e Giovanna Galeotti de Paiva.
Também em janeiro, as advogadas entraram com outro processo por danos morais, desta vez contra a comentarista da rádio Jovem Pan, Pietra Bertolazzi. Durante participação ao vivo, Pietra disse que a primeira-dama usava “drogas ilícitas” e que apoiava “artistas maconhistas”. Tanto a comentarista quanto a emissora são alvo de pedido de indenização no valor de 50.000 reais. O processo corre na 1ª Vara Cível de São Paulo.
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Além dos dois casos que viraram processo, Janja tem sofrido diversos outros ataques nas redes, que têm como denominador comum a tentativa de relacionar a primeira-dama com ofensas de teor sexual.
Recentemente, foi alvo, por exemplo, de fake news que usava a foto de uma “profissional do sexo” vestida de lingerie vermelha no dia da posse, em Brasília, para dizer que se tratava de Janja. A mulher, na verdade, era uma ativista ligada à Associação de Prostitutas de Minas Gerais, que portava cartazes em defesa da classe na ocasião. Outras fotos que circularam na internet mostravam uma mulher que presumidamente seria a primeira-dama, de óculos e posando em uma cozinha. Uma das legendas do conteúdo dizia “Aplaudam nossa primeira dama. A foto foi ela quem publicou”. Novamente, não era Janja, mas sim uma arquiteta de São Paulo.