O professor consegue driblar a falta de recursos como pode durante as aulas.
Em países desenvolvidos, a tecnologia faz parte do cotidiano escolar há pelo menos uma década. Em alguns a realidade é bem diferente, mas nada que seja um obstáculo para o professor Owura Kwadwo.
Em nações subdesenvolvidas, o acesso à internet e a computadores de qualidade é mais remoto ou às vezes inexistente, diferente das instituições de ensino de famílias de renda alta, por exemplo.
Owura leciona em uma escola de Gana, oeste africano. Ele ensina seus alunos a utilizarem o Word – software de edição de texto da Microsoft – utilizando uma lousa, já que na escola não há uma sala de informática, muito menos computadores.
O professor consegue driblar a falta de recursos como pode nas aulas de Tecnologia de Comunicação e Informação (TCI). Ao mesmo tempo, os estudantes parecem se divertir muito e adorar a matéria, apesar dela estar destinada somente à teoria, e sem prática.
Antes de ser professor, Owura cursou Artes Visuais. Em entrevista a uma emissora local, ele disse que faz isso para que as crianças tenham pelo menos uma noção do que vão encontrar pela frente quando enfim, tiverem acesso a um computador ou equivalente.
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![Professor que ensina alunos a usarem o Word com desenhos na lousa viraliza e recebe doações](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_153.jpg)
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Reviravolta
Uma publicação compartilhada nas redes sociais mostrando uma das aulas de TCI acabou viralizando nas redes sociais e comoveu centenas de pessoas que se dispuseram a ajudar. A escola ganhou computadores e projetores para Owura.
![Professor que ensina alunos a usarem o Word com desenhos na lousa viraliza e recebe doações](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_154.jpg)
Semanas depois, os equipamentos chegaram lá, para a felicidade completa dos estudantes, que agora podem ver – e mexer – em um computador de verdade. O professor comentou que o governo de Gana tem a educação no coração, mas é necessário investir em recursos e infraestrutura, para garantir um ensino de qualidade aos estudantes da região.
![Professor que ensina alunos a usarem o Word com desenhos na lousa viraliza e recebe doações](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/IMAGEM-4-Professor-que-ensina-alunos-a-usarem-o-Word-com-desenhos-na-lousa-viraliza-e-recebe-doacoes.jpg)
Agora que ele recebeu dezenas de doações, o próximo passo é dar continuidade a esta corrente do bem e doar alguns computadores a outras escolas da localidade, que também enfrentam o mesmo problema. Até mesmo algumas celebridades fizeram doações, que não param de chegar.
Enquanto isso no Brasil, de acordo com o Correio Braziliense, um professor de Educação Física de Londrina, no Paraná, dá aulas em quatro escolas e atende em uma clínica para pessoas autistas. Gean Sampaio de 26 anos tem a rotina para lá de corrida. Seus alunos têm entre seis meses e 14 anos de idade.
![Professor que ensina alunos a usarem o Word com desenhos na lousa viraliza e recebe doações](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/IMAGEM-6-Professor-que-ensina-alunos-a-usarem-o-Word-com-desenhos-na-lousa-viraliza-e-recebe-doacoes-.jpg)
No entanto, nas redes sociais, pessoas de todas as faixas etárias querem participar das aulas de Educação Física. É que ele compartilha vídeos divertidos em que faz brincadeiras com os alunos, além de mostrar como ele se dá bem com os pequenos. Ao todo, são mais de um milhão de pessoas seguindo o professor, contabilizando Instagram e TikTok.
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Há quase dois anos no comando das aulas, Gean relata que a criançada sempre esteve presente em sua vida. Como sempre frequentou igreja e grupos de jovens, ele ministrava atividades infantis. O rapaz também cuidava dos primos pequenos. Na hora de escolher uma profissão, sua irmã mais velha, que cursou Educação Física, foi sua inspiração.
Já na faculdade, Gean ainda não sabia que se tornaria professor e muito menos da educação infantil. Para ele, a vocação veio por meio de um contato divino. Em um momento de oração, Deus lhe mostrou que gostaria de vê-lo trabalhando com crianças, e dessa forma, tudo foi se encaixando.
Durante a graduação, ele realizou diversos estágios escolares, mas quando realmente ingressou no mercado de trabalho, sentiu a necessidade real de se aproximar dos alunos. Ele disse que se considera o professor que sempre quis ter: o brincalhão, amigo, bagunceiro e que se diverte.