Esta semana estava pensando como o coração complica nossa vida ou nós mesmos o fazemos, buscando o mais difícil e ignorando o óbvio.
A vida nos apresenta dois homens, o primeiro cara é sensacional, super legal, gosta de nós e nos faz bem, nos quer bem, abre a porta do carro, leva flores, mesmo que seja uma única flor de um jardim que ele passou em frente e se lembrou de você (estas são as mais especiais, pois mostra que mesmo em sua atribulada rotina diária, você está lá em seus pensamentos), ele a faz rir, ele faz você se sentir livre pois você não tem que impressioná-lo, nem quer, ele pergunta como sua mãe está, mesmo sem nunca tê-la conhecido (não por não ter tido oportunidades, mas porque você acredita que ele não é o cara certo). É seu amigo, seus amigos gostam dele, é carinhoso e se preocupa com você, vocês riem um do outro.
Ele é o cara com quem você terminou sem dar explicações, mas mesmo depois de meses, você retorna e ele está lá para você, empresta o seu ombro para chorar, sem você ter que pagar aluguel. Ele é o cara que a qualquer hora você pode ligar, mesmo que seja em uma sexta-feira ou sábado à noite. É o cara que está em uma balada com amigos e mesmo assim, envia fotos para você, dizendo como gostaria que estivesse lá.
É o homem que logicamente seria perfeito para você e o que você sempre pediu ao Universo. Mas, infelizmente, ele também é o homem que você beija e não sente o famoso “tchan”, você não o deseja como ele a deseja, você não conta os segundos para estar com ele, aliás, você não sente borboletas no estômago, seu coração não dói, você não perde o apetite por ele, seu corpo não reage ao toque dele e você sofre, não por amá-lo, mas por não conseguir amá-lo, pois você sabe que seria o certo e que você merece alguém como ele.
O nosso segundo cara é o que você nunca pediu para o Universo, mas o seu coração o escolheu, ele a faz esperar, mas você espera feliz pois você o ama tanto que não importa quanto tempo passe.
Você está lá, ele quase não responde às suas mensagens e você fica apreensiva, mas quando a resposta chega, todas suas apreensões vão embora, mesmo que as mensagens sejam monossilábicas, você sorri só de ler um sim ou não. Ele é o cara que não lhe faz mimos, mas quando raramente os faz, você romantiza e eterniza isso em seu coração. Você fica apreensiva quando ele está perto, pois você quer que ele veja somente o melhor de você, você quer cuidar dele, você sofre com os problemas dele, pois gostaria de compartilhar este peso. Você pensa nele a todo momento, você o perdoa por vários motivos e sempre encontra uma desculpa para um erro dele.
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Na verdade você quer que existam motivos por trás dos erros que ele comete, e quando ele diz que a ama, tudo desaparece, é como se você estivesse no paraíso.
A presença dele a faz sentir borboletas no estômago, o beijo dele a faz flutuar e a química, uau, isso é de outro mundo! Nenhuma palavra precisa ser dita, os olhares e a leitura dos corpos é feita automaticamente, você conta os segundos para vê-lo, na verdade você gostaria de estar 24 horas ao lado dele!
Ele é o cara que você se imagina construindo uma família, tendo filhos, o cara que você apresenta a sua mãe, o cara que seus amigos não gostam, o cara que todos enxergam defeitos, mas, para você, ele é perfeito!
É ele quem faz com que você queira somente a ele e a mais ninguém, para o resto de sua vida, o cara que você tem certeza que é sua alma gêmea.
Mas, então, a verdade vem à tona, os erros se tornam cada vez maiores ao ponto de você ter que abrir os olhos, ao ponto de você não ter mais como continuar se enganando. Você quer acreditar, mas a lógica não permite, então você vê que ele nunca foi o cara para você, o tempo todo a história foi romantizada pelo seu coração e mascarada em sua mente!
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Ainda assim você se pergunta o porquê de não ser ele, o porquê de não sentir amor por você, mesmo você se doando como nunca fez antes.
Então, neste momento, você se lembra do primeiro cara, aquele que fazia por você, tudo que você fez pelo segundo cara. Você se lembra dos bons momentos que viveu com ele e o quão bom ele era para você e, então, você se permite viver o óbvio.
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