Maturidade – Termo muito usado nos dias de hoje, que nos leva à reflexão sobre o que somos à luz da compreensão humana.
Ter maturidade é entender as razões da nossa existência no conceito “filosófico-estrutural” e, sobretudo, aceitar que as pessoas têm razão, à sua própria ótica, porque cada um tem, em si mesmo, uma perspectiva diferenciada a respeito de muitas coisas, sejam elas visíveis ou invisíveis. Muitos tentam “enfiar goela abaixo” as suas ideias e pensamentos, não atentando para a opinião própria dos seus pares e, muitas vezes, cometem com isso, suicídio ideológico (meu ponto de vista).
Lembro-me de uma passagem bíblica, na qual um conselheiro do rei, por não aceitarem o seu conselho, enforcou-se. (2Sm17,23). Sabemos que, ao cabo de muitos dias, mostrando certa propaganda na televisão, somos impulsionados a comprar determinado tipo de produto, influenciados pela constância da mídia exposta. Esse processo, chamado “foto subliminar e eco subliminar”, mostra que nos falta maturidade, ao nos submetermos a esse tipo de influência. Cito como exemplo, um determinado refrigerante, que embora seja tão prejudicial à saúde, continua na mesa da maioria dos brasileiros e a capacidade as pessoas em fazer distinção entre precisar e querer está sendo colocada em cheque.
Essa maturidade leva-nos a reconhecer que devemos fazer algo que ajude a outrem, e não apenas a nós mesmos.
Quando estamos num relacionamento, para primeiramente doar e depois receber, ou mesmo quando trabalhamos para resultados coletivos e não que satisfaçam o nosso próprio ego. Ou ainda que, para sermos felizes, devemos deixar ir, criar asas e desatar nós, porque ninguém pertence a ninguém, ao mesmo tempo em que estamos sempre dentro do coração de alguém. Quando entendemos que, assim como qualquer outra pessoa, temos missões a serem cumpridas e que isso faz de nós seres humanos melhores, que a vida é uma faculdade, mas escolhemos cursos diferentes, que o professor é tão importante quanto o faxineiro e que nem todas as flores exalam o mesmo perfume, aí aprendemos o que é maturidade.
Enfim, sabemos o que é maturidade quando buscamos a nossa essência não nas coisas materiais para sermos felizes, mas nas virtudes e na capacidade de entender o sentido da vida, com controle e moderação, porque a vida é curta e seu relógio não para.
Quando começamos a sentir que estamos bem, sem a necessidade de provar algo a ninguém, sem que haja a necessidade de que alguém esteja “disposto” a compartilhar as nossas ideias, ai sim, chegamos à maturidade.
“Sua maturidade começa a crescer quando você começa a perceber que sua preocupação com os outros é maior do que consigo mesmo…” (John MacNaughton).
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