Leia ouvindo: Motopony – I’m Here Now
Conhecemos realmente aquele(a) que um dia acolhemos dentro do peito e demos apelidos vergonhosos depois que o amor acaba. É nobre reconhecer que foi bom, mas é sensacional olhar para esse alguém especial e não sentir nada. Depois de tantas histórias, segredos compartilhados, viagens inesquecíveis e peito repleto de amor, agora é hora de não sentir nada, nem saudade daquilo que já passou.
Mais importante do que amar com todas as forças, é reconhecer que aquele sentimento bonito se tornou nada. Aquele que antes era especial hoje não passa de alguém comum. Aquele alguém que não faz mais parte da sua vida, da sua rotina, da sua lista do whatsapp, dos almoços em família e viagem programada.
Depois do amor, não sentir mais nada é uma bênção. Existe a fase do luto, do choro, da tristeza, mas ela passa. Ah, passa! Olhar para alguém que amou muito e não sentir mais nada é libertador. Quase divino! É um ponto final bem colocado na história, uma sensação de “Valeu. Foi bom. Adeus”, uma constatação de que o melhor está realmente por vir e que o cara lá de cima não iria desistir de você.
Quando não se sente mais nada é possível perceber o tal do amadurecimento, das escolhas, renúncias e principalmente, erros e acertos daquela história bonita, mas que, diferente do que se imaginava, não terminou com o “felizes pra sempre”, mas com um sincero: felizes, para lados opostos com o seu pra sempre.
Não é ser coração duro ou não dar o real valor à história, é simplesmente ter resolvido as contas com o passado e ter entendido de uma vez por todas que aquilo não iria te fazer bem no futuro. É bonito reconhecer que o melhor ainda está por vir e honesto não sentir mais nada. Não se culpe por isso.
É necessidade máxima colocar pontos finais até em sentimentos. Dure o tempo que demorar, custe o que custar. Há de passar. Há também, aquele período que você não vai sentir mais nada e vai se orgulhar disso