Roberto de Carvalho, 70, marido de Rita Lee, publicou uma homenagem para a mulher nas redes sociais.
A cantora morreu na noite de segunda-feira (8), em São Paulo.
No Instagram, o multi-instrumentista postou uma imagem de Rita Lee gesticulando em sinal de adeus. Ele utilizou trecho da canção “Menino de Braçanã”, cantada por ela, para exaltá-la.
“É tarde, já vou indo. Preciso ir embora, até amanhã…”, escreveu Roberto de Carvalho na legenda. Os dois estiveram juntos por 46 anos.
Nos comentários, amigos e fãs de Rita Lee deixaram mensagens de despedida da rainha do rock. “Eterna”, escreveu um internauta. “Rainha”, elogiou outro seguidor. “Rita pra sempre”, publicou um terceiro internauta.
Rita e Roberto se conheceram por volta de 1976 e, desde então, não se separaram mais. Os dois tiveram três filhos juntos: Beto, João e Antônio.
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Rita Lee, a eterna rainha do rock
Nascida em 31 de dezembro de 1947 em São Paulo, Rita Lee Jones de Carvalho é filha de Charles Fenley Jones, um dentista descendente de imigrantes norte-americanos, e de Romilda Padula, filha de imigrantes italianos. Caçula de duas irmãs e transgressora desde que se lembra, ela cresceu na Vila Mariana, bairro da zona sul de São Paulo que considerou especial durante toda a sua vida, e onde morou até o nascimento do primeiro filho, Beto Lee.
Durante a infância, Rita teve aulas de piano, mas não pensava em seguir a carreira musical. Os dotes artísticos, embora já existentes, a levaram a querer ser atriz. Durante um período, chegou a cursar comunicação social na USP (Universidade de São Paulo), mas abandonou a faculdade para seguir sua paixão pela música.
O interesse pela música surgiu na adolescência, quando descobriu Elvis Presley, Rolling Stones, Beatles entre outros. Começou a se apresentar em clubes locais junto a amigos.
Com canções com referências que variavam de Paul Anka, Maysa, Carmen Miranda a Cauby Peixoto, Rita fez parte de vários grupos musicais amadores, até que, eventualmente, chegou a um sexteto musical chamado justamente “Os Seis”. Com a saída de três integrantes, sobraram Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Era o início do emblemático Os Mutantes.
Rita ficou com “Os Mutantes” durante seis anos, período mais psicodélico de sua carreira, em que seis álbuns foram gravados. A banda acompanhou Gilberto Gil na apresentação no 3° Festival de Música Popular Brasileira, fez parte do disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circensis” e deu origem a algumas das canções mais simbólicas e importantes da música brasileira, como “Ando Meio Desligado”, “A Minha Menina” e “Balada do Louco”, por exemplo.
A expulsão dos Mutantes veio junto ao fim de seu casamento com Arnaldo Baptista, que durou de 1968 a 1972. Neste período, ela já havia gravado alguns discos de forma solo, com composições em parceria com os companheiros de banda e composições exclusivas e individuais.