Um dos apresentadores de maior salário da TV brasileira, Rodrigo Faro está em pé de guerra com o condomínio onde mora, na cidade de Barueri, na Grande São Paulo.
O conjunto habitacional acusa o artista de expandir sua mansão avaliada em R$ 15 milhões em terreno além do permitido para construir uma piscina cinematográfica – com queda d’água e ilha particular. Por causa disso, o morador ilustre foi multado.
Mas o comandante do Hora do Faro, da Record, não reconhece a cobrança e pede revisão da multa de R$ 4.700.
Rodrigo Faro afirma que terminou de construir sua mansão em 2019 – o que foi divulgado por diversos programas de TV, inclusive na Record. O principal chamariz do local é uma piscina que tem uma ilha artificial com cerca de 300 metros quadrados e que é aquecida 24 horas por dia.
No entanto, o condomínio onde Rodrigo Faro mora afirma que ele invadiu cerca de 948 metros quadrados que não eram seus. Para provar a irregularidade, o síndico do local anexou documentos de vistoria, como material de construção impedindo vias e incomodando vizinhos.
A defesa de Faro contestou a veracidade dos documentos ao dizer que eles não eram autenticados, não tinham a assinatura do síndico e muito menos receberam baixa de recebimento por parte de Rodrigo Faro. Outro ponto defendido pelo condomínio é que foram feitas tentativas de conciliação, o que o apresentador e sua defesa negam veementemente.
Por fim, o condomínio afirma que Rodrigo Faro chegou a invadir a área comum do espaço de luxo para construir sua propriedade. No relatório consta que o artista invadiu 200 metros de uma calçada que era usada como passagem por moradores. Novamente, o documento não aparece com autenticação e é contestado pela defesa.
“Incontroverso que a construção não foi em área comum, como faz crer a requerida, tampouco há comprovação nos autos de prejuízo ou danos a terceiros, mas mera alegação sem prova robusta, clara e convincente. O autor sempre respeitou a legislação vigente, respeitando todo o procedimento e posterior alvará de construção através do órgão e esfera competente”, diz a advogada de Faro.
Rodrigo Faro se diz perseguido
Rodrigo Faro acusa o condomínio de perseguição e argumenta que a construção foi concluída em fevereiro de 2019, mas somente em maio deste ano ele diz ter recebido notificação do síndico sobre os possíveis problemas na obra.
“Isso porque não há nos autos qualquer documento ou até notificação impedindo, proibindo ou censurando a construção do autor, que conforme dito, sempre atendeu as exigências legais. Afigura-se que a postura do réu, além de usurpar as competências do Município para legislar sobre a matéria, pratica verdadeiro ato ilícito e irregular”, completa a advogada de Faro.
O caso ainda não tem previsão da Justiça para ser julgado em primeira instância.