A atriz abriu o jogo nos stories do Instagram, e compartilhou um momento em que precisava do apoio das pessoas ao seu redor, assim como do pai das meninas, Leandrinho.
A maternidade solo é um assunto recorrente nas últimas décadas, sendo abordado por famosos, anônimos e até mesmo analisado em pesquisas científicas. Ao mesmo tempo em que a quantidade de crianças que não possuem o nome do pai sequer no registro segue alta, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) regista há três anos a frequente redução no número de pais que assumem seus filhos, no ano passado, mais de 100 mil ficaram sem o reconhecimento nas certidões de nascimento.
Se para alguns a ausência de responsabilidade paterna é interpretada como um fenômeno social, para outros as bases estão totalmente relacionadas com o processo de “domesticação” da mulher, que passa os primeiros 20 anos de sua vida aprendendo como cuidar de uma casa, de filhos e de uma família – tudo isso inserido em brincadeiras e joguetes infantis considerados inocentes. Quando adultas, elas acabam se deparando com a necessidade de assumir uma maternidade que ultrapassa os níveis saudáveis, precisando dar conta de todas as demandas das crianças, muitas vezes sem o apoio paterno.
A atriz Samara Felippo, 43 anos, mãe solo de Alícia e Lara, fruto da relação que manteve de 2008 a 2013 com Leandrinho Barbosa, recentemente usou as redes sociais para desabafar sobre as dificuldades que encontra na criação das meninas. Sem o apoio do ex, que atualmente trabalha como assistente técnico do Sacramento Kings, time de basquete da NBA, e vive na Califórnia, Estados Unidos.
Muito emocionada na ocasião, Samara explicou que tinha tido um importante compromisso no domingo, e que não tinha nenhum lugar onde deixar as duas filhas. Sem nenhum tipo de apoio físico de Leandro Barbosa, que se tornou pai novamente no novo relacionamento, ela precisou entrar em contato com amigos para que eles pudessem cuidar das meninas enquanto trabalhava.
“Eu vim falar porque agora que eu estou emocionada, eu acho importante passar isso. Ontem, domingo, eu tive um compromisso que era muito importante para mim estar lá. Mas eu não tinha como deixar minhas filhas em lugar nenhum”, desabafou Samara. Confira abaixo no vídeo do Instagram:
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“Ontem eu tive apoio de dois amigos que foi muito importante para mim e eu preciso deixar isso claro. Para eles e para todos os outros que eu sei que se tiverem livres, e eu precisar, eu sei que posso contar. A gente sabe quem são os nossos”, contou Samara Felippo, enaltecendo a ajuda dos amigos que sempre a apoiam nos momentos de necessidade.
Samara também falou sobre a ausência do pai e a maternidade solo no Twitter:
Recentemente, Samara lançou o livro ‘Mulheres Que Habitam Em Mim’, onde fala sobre maternidade real sozinha e processos que passou com Alícia e Lara, além do ódio que recebe com frequência nas redes sociais. No dia 17 de agosto ela compartilhou uma mensagem que recebeu de uma internauta, a criticando por compartilhar fotos “livres”, usando a roupa que deseja e se comportando da maneira que queria.
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“Moça, não te devo satisfação, não devo satisfação nenhuma da minha vida pro pai das minhas filhas (vulgo ex), e minhas filhas me acham uma mãe incrível. Livre, feliz, competente, inteligente, realizadora, responsável e muito gata. Por que uma mulher/mãe que se comporta/fala como quer e não como a sociedade impôs/impõe é uma ameaça? Por que essa moça não consegue enxergar que eu posso cuidar das minhas filhas, da casa e da mulher potente e livre que existe em mim? Moça, última coisa: eu nunca fui tão eu em toda minha vida”, escreveu na publicação.
Samara ainda fez outra publicação no dia 1º de setembro reforçando que não disse em momento algum que Leandro, o pai das filhas, não ajudava com pensão. Quando mencionou sobre a falta de ajuda, estava se referindo aos “homens pais” que não devem se colocar em uma posição de quem “ajuda” a própria família ou os filhos, e sim como quem tem “obrigações” com as crianças. “Só pagar pensão não diminui a carga mental de ser a única referência para a formação de um ser humano”, disse Samara.