Samara Felippo defendeu a colega de profissão após série de críticas nas redes sociais. Entenda!
Alessandra Negrini foi uma das famosas que causou polêmica no Carnaval de 2023. Considerada como uma musa pelo público, a atriz novamente saiu no bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, um dos mais tradicionais do carnaval paulista, do qual é rainha.
Negrini está com 52 anos mas mostrou que tem muito ânimo e samba no pé. No entanto, os comentários não tiveram tons positivos, o que acabou tirando Samara Felippo do sério.
Samara afirmou que Alessandra Negrini foi alvo de críticas por conta de sua idade, e não deixou a situação passar em branco.
Um dos comentários foi: “Vocês precisam de uma nova velha branca pra ficar enaltecendo eu sinceramente não aguento mais olhar pra cara da Alessandra Negrini aparecendo na tl a cada 20 minutos”,.
Já conhecida pelos seus posicionamentos nas redes sociais, Samara Felippo foi até o Twitter manifestar a sua indignação.
“Sério que alguém teve a audácia de criticar a Alessandra Negrini no Carnaval? Eu li isso mesmo??”, se publicou a atriz na nesta segunda-feira (13). Ela ainda continuou alfinetando os críticos: “Uma das mais deusas das deusas! Essa galera só pode estar de sacanagem! Mas, sociedade jovencêntrica, né? A mulher depois dos 40 só pode mesmo ousar na limpeza da casa. Meu c*!!!!!”, afirmou a atriz.
Essa não foi a única polêmica associada à atriz no período de Carnaval de 2020. Em 2020, Alessandra Negrini foi alvo de inúmeras críticas após usar acessórios e pinturas que remetem aos povos indígenas no desfile.
Os internautas não perdoaram a escolha da atriz e a questionaram o que levaram a se fantasiar de indígena, afirmando que Negrini estaria se “apropriando culturalmente” das indumentárias para curtir o Carnaval.
No entanto, conforme foi compartilho pela mídia, a sua roupa era uma forma de protesto, e todo o seu visual foi escolhido ao lado de um grupo de pessoas indígenas para que ela conseguisse passar a sua mensagem durante as festividades.
Seu protesto foi reconhecido por outras pessoas, inclusive Sônia Guajajara, que tirou fotos com Alessandra na ocasião.
Lideranças indígenas também se posicionaram em defesa da atriz após os inúmeros ataques nas redes sociais. “É preciso que façamos a discussão sobre apropriação cultural com responsabilidade, diferenciando quem quer se apropriar de fato das nossas culturas, ou ridiculariza-las, daqueles que colocam seu legado artístico e político à disposição da luta”, dizia um texto postado pela própria atriz.
Guajajara disse que diversas pessoas usam acessórios indígenas como fantasia, e que o povo não concorda com isso. No entanto, atitudes como a da atriz, que foi um manifesto para amplificar as vozes indígenas, é compreensível.
Alessanadra Negrini voltou a falar sobre o seu cancelamento nas redes sociais por conta do Carnaval no ano seguinte, em uma entrevista ao podcast Novela das 9. Ela criticou a atitude precipitada das pessoas em relação a essa situação e argumentou sobre o assunto.
“Não sou a favor. Como diria Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Essas coisas precipitadas da internet levam a equívocos. O cancelamento surgiu como uma ferramenta importante de balizar as pessoas e falar: “Não, você não pode fazer isso, isso é horrível”. Ele tem seu valor nesse sentido. Mas virou algo impositivo, virou um instrumento de violência.”
Negrini também argumentou que é necessário que existe sempre o diálogo dentro da narrativa, pesando os prós e os contras dentro da própria narrativa. “Ou seja, você tem que parar para pensar. O que tem acontecido no cancelamento é que ninguém para para pensar. Eu acho meio fascista o processo do cancelamento, na verdade”, ainda acrescentou ela.