Leandro Karnal mostra, a partir de sua análise pessoal, uma forma de lidar com os sonhos e os objetivos, com muita força de vontade e paciência.
Todos temos sonhos, e podemos passar a vida inteira atrás de cumprir esses objetivos. Para cada um, a necessidade e o caminho a ser percorrido são diferentes, e não devemos esperar que compreendam nossas escolhas e muito menos das coisas de que abdicamos ao longo dos anos para atingir aquilo que alimenta nossos sonhos.
Para o professor e historiador Leandro Karnal, em sua palestra “O que é uma vida plena?”, fala abertamente sobre suas experiências e como lidou com as expectativas ao longo do caminho. Em primeiro lugar, ele pergunta se você é capaz de identificar seus principais valores e atributos, se consegue descobrir o que o move e o que passa pela sua cabeça com mais intensidade nos últimos tempos.
Se você escolheu, por exemplo, “família e dinheiro”, em busca de um equilíbrio entre os dois, ou “viagens, família e dinheiro”, um equilíbrio entre os três, basta apenas perseguir esse objetivo incessantemente, sem parar em momento algum. O professor conta um pouco de suas experiências e afirma que ouviu muita gente dizendo que ele se esforçava excessivamente quando era mais jovem.
Karnal explica que, durante sua graduação, na Universidade de São Paulo (USP), optou por evitar os excessos, não frequentando festas e se recusando a usar determinadas drogas ilícitas. Ele sentiu um pouco de isolamento, mas escolheu focar em seus objetivos. Seu valor era ser um “profissional de excelência”, e não um professor qualquer, mas o melhor em sua área, capaz de ser destaque e de servir como referência para os demais.
O historiador continuou seus estudos, fez mestrado, doutorado, morou fora do país, aprendeu outras línguas e nunca deixou de lado seu principal objetivo: ser um profissional de excelência. Por mais que algumas pessoas acreditem que esse pensamento é vaidoso demais, Karnal conta que ele acabou se tornando seu lema de vida e que ele sempre sonhou em ser um dos melhores professores do Brasil, senão o melhor.
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Sua principal explicação para esse comportamento é justamente porque sempre atingimos nossos objetivos um pouco abaixo do alvo, o que significa que precisamos mirar bem alto, caso contrário vamos ficar muito distantes dos nossos objetivos pessoais. Para aqueles que acreditam que não podem, ele os incita a buscar as ferramentas capazes de garantir esse poder.
Uma forma, segundo Karnal, de saber que você está cumprindo tudo com que sonhava é quando um “colega” o abraça e diz que tem sorte por tudo o que está acontecendo. Ele explica que “sorte é o nome que o vagabundo (sic) dá ao esforço que ele não faz”. Mesmo assim, o professor diz que existe sorte, principalmente porque é incapaz de controlar tudo, e em alguns momentos ela de fato opera.
Uma forma de saber como não se deve agir, é indo atrás de conselhos de pessoas pessimistas, aquelas que acreditam que tudo vai dar errado e que é impossível atingir qualquer sonho. Depois de ouvir o que têm a dizer e agradecer, é preciso começar a trabalhar com o “otimismo total”, já que, para ele, é apenas assim que as pessoas crescem, sendo essa a única forma de conquistar algo.
Não podemos permitir que as pessoas diminuam nossos esforços e coloquem na conta da “sorte” tudo aquilo de que abrimos mão ao longo dos anos. Poucas são as pessoas que enxergam nosso empenho, que conseguem ver a quantidade de tempo e dedicação que colocamos na intenção de atingir os objetivos. Apenas aquelas que realmente estão ao nosso lado e veem nossa constante dedicação é que devem ser chamadas de amigas.