Se você perdeu um ente querido, saiba que a vida continua do outro lado…
Digo isso porque hoje estou nostálgica, estou saudosa. Estou com saudades daqueles que fizeram parte da minha história da minha vida, do meu dia a dia.
Pessoas que amo apesar de estarmos apenas separados temporariamente.
Eu sempre tive uma mediunidade muito forte.
Até então não entendia muito bem os sonhos, as visões as premonições que aconteciam comigo. Estava grávida do meu primeiro filho e um mês antes do meu irmão falecer, o vi num caixão coberto de flores. Via detalhes que impressionavam.
Fiquei com aquilo na cabeça, e senti que alguma coisa estava estranha. Dentro de mim eu sentia isso.
Passamos o natal todos juntos e ele me deu um relógio de parede infantil para colocar no quarto do meu filho. Estava todo feliz porque seria o padrinho dele.
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Mas ele não teve tempo pra isso. Ao nascer ele foi até o hospital me visitar. Quando se despediu eu fui até a porta do quarto e fiquei olhando pra ele.
Ele caminhava de cabeça baixa e passava os dedos pela parede. Senti algo esquisito. Senti como se algo realmente estivesse errado.
Fiz uma cesariana e fui para a casa da minha mãe depois de cinco dias no hospital. Algumas pessoas foram me visitar e me parabenizar pelo Fábio.
Um garotão forte que nasceu saudável graças a Deus,
Ao anoitecer uma cena me chamou a atenção. Meu irmão entrou se ajoelhou em frente ao meu filho que estava num Moisés.
Ele ficou ali, uns 10 minutos ajoelhado. Olhando tocando conversando. E eu ali observando a cena atentamente.
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Ele se levantou e eu tentei chamá-lo para mostrar umas fotos. Parecia que algo me dizia: não o deixe sair. Não adiantou. Ele só me disse: preciso ir.
Logo após entrou o caçula. Mostrei o Fábio pra ele e disse: olha seu sobrinho! Ele olhou o acariciou e disse: Preciso ir.
Algo estava estranho.
Só havia mulheres na casa. Depois de algum tempo o telefone tocou e era meu pai perguntando se estava tudo bem por ali… Aquele “tudo bem” não estava nada bem.
Meia hora depois meu pai entra com uma cara muito preocupada e nos chama para a outra sala. Disse que os meninos haviam sofrido um acidente de carro e que o mais velho havia falecido. O mais novo falecera depois de poucas horas também.
Eles saíram juntos de carro e estavam sem cinto. Perderam a vida ainda jovens. Um com 25 outro com 22 anos. Era a hora deles.
Acho que nem preciso dizer o caos que foi depois disso.
28 anos se passaram. Apesar de Deus nos dar o seu tempo à vida é curta. Essa brevidade merece ser vivida com amorosidade e alegria.
Eles viveram assim.
Hoje eles não estão mais aqui assim como meu Pai que foi vítima de um câncer, assim como tantos outros entes queridos que já partiram para outro plano.
A vida vai ficando reduzida a um monte de lembranças, fotografias e sentimentos misturados. Ciclos terminam, pessoas partem.
É a lei da vida.
Deus nos dá exatamente os fardos que podemos carregar, nos dá as dores que teremos que suportar.
Ninguém passará por nós o que precisamos resgatar. Por isso, se alguém estiver lendo isso e sofreu a separação de alguém muito querido, desejo sustentação física e espiritual.
Sei que é difícil. O choro atrapalha. Eles só precisam de amor e muita luz. Aqui como lá a vida continua.
Eles estarão olhando por nós de onde estiverem.
Deixo aqui meu abraço fraterno cheio de boas energias a quem precisar.