Quem usa a bandeira do Brasil passou a ser visto como apoiador do presidente Bolsonaro.
Uma mulher, que estava usando a bandeira do Brasil, foi impedida de entrar em um shopping de luxo em São Paulo. O vídeo, que viralizou, mostra a discussão da mulher com os seguranças do Shopping JK Iguatemi, que fica na Zona Sul de São Paulo. O incidente aconteceu no sábado 12 de novembro.
Nas gravações, é possível ver duas mulheres em plena discussão com os seguranças do shopping de luxo. Uma delas chega a questionar aos seguranças sobre a diferença de usar a camiseta da Seleção Brasileira e a roupa estaria vestindo, que era uma calça e um cropped do Brasil. Ela amarrou a bandeira do Brasil nas costas.
Um dos funcionários respondeu que a diferença era a bandeira que a mulher teria amarrado. Um terceiro sujeito, que não foi identificado, se mete na discussão e gritou que se ele quisesse sair pelado com a bandeira do Brasil, ele sairia e ninguém o impediria de cometer semelhante ato.
O segurança responde que o sujeito ele poderia ir pra fora do estabelecimento fazer suas manifestações, mas “aqui no empreendimento, o senhor não pode”, avisando a situação que poderia provocar um tumulto maior ainda dentro do shopping de luxo.
O Shopping JK Iguatemi, em nota, esclareceu que não houve nenhum tratamento que desrespeitasse os clientes, nem nenhum tratamento discriminatório. Para o shopping, “não se configurou uma manifestação contrária ao código de conduta do empreendimento”, afirmou a assessoria de imprensa do shopping.
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Vários apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) se revoltaram com a situação e pediram aos partidários do presidente derrotado nas últimas eleições presidenciais, que boicotassem o local.
Em outro vídeo compartilhado, segundo o site MSN, uma segunda mulher de camisa branca aparece também questionando os seguranças do local. Ela pergunta aos seguranças se não poderia estar no recinto usando a camiseta da Seleção Brasileira, que virou distintivo dos apoiadores do atual presidente Bolsonaro.
Ambas mulheres se irritam e dizem que a culpa de terem sido barradas no shopping era do “ministro do STF”. Em todos os vídeos que viralizaram, não é possível identificar nenhum nome dos envolvidos.
Um dos seguranças, ao tentar acalmar os ânimos, diz para uma das mulheres que ela estava “voltando para o lado da política”, enquanto os seguranças estavam “falando da política do empreendimento”, ao parecer, duas situações e temas distintos.
Segundo o site MSN, no código de conduta do Shopping JK Iguatemi, consta uma determinação que proíbe o ingresso de clientes que portem ou estejam usando “bandeiras desfraldadas de agremiações de qualquer natureza”.
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Caminhoneiro fura bloqueio em Cacoal
Desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu as últimas eleições presidenciáveis, seus apoiadores têm feito inúmeros protestos Brasil adentro.
Várias paralizações foram observadas ao longo de um mês após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ganhou as eleições com 50,90% dos votos válidos, contra os 49,10% do presidente e candidato perdedor, Jair Bolsonaro.
Um dos últimos bloqueios registrados foi em Rondônia, na cidade de Cacoal, segundo o site IG. Um caminhoneiro tentou furar o bloqueio imposto por bolsonaristas e terminou atropelando manifestantes que protestavam no quilômetro 234 da BR-364.
Os apoiadores do atual presidente não aceitam o resultado do segundo turno das eleições e se mantêm em vários lugares do país bloqueando estradas e rodovias federais e estaduais.
O caminhoneiro, em vídeo que viralizou, fez um contorno e terminou atingindo um acampamento. O veículo estava em alta velocidade e atropelou várias pessoas que estavam no local.
De acordo com a Segurança Pública de Rondônia, uma mulher foi atingida e prontamente encaminhada ao Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal com ferimentos. A mulher continua internada, mas está fora de perigo.
O caminhoneiro fugiu sem prestar socorro e foi posteriormente detido por uma equipe da Polícia Militar da região. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Cacoal, a 480km da capital Porto Velho.