Já notaram como temos a mania de classificar as coisas de boas ou ruins e de congelar essa classificação, fazendo com que criemos a falsa expectativa que aquelas coisas serão totalmente boas ou totalmente ruins para sempre…
Quase nunca damos espaço para o caminho do meio… quase nunca nos lembramos que nada é totalmente bom ou totalmente ruim e que tudo tem os dois lados… que tudo está mudando o tempo todo e, principalmente, quase nunca nos lembramos que nos ligarmos nesses conceitos de bom ou ruim só nos prende cada vez mais à dualidade… e a ter que nos defender…
Além, é claro, de nos dificultar estar no presente…
Nos esquecemos que o presente é novo e nele cabem todas as possibilidades… se estamos armados de expectativas e de julgamentos… o presente passa cada vez mais longe.
Quando aceitamos as coisas… as pessoas… a vida… como elas se apresentam no momento, ampliamos em muito as nossas possibilidades de felicidade.
Olhamos para tudo com naturalidade e escolhemos o que queremos viver, sem julgar que é bom ou ruim…
Quantas vezes o bom já virou ruim e vice-versa, conforme o nosso momento… e quantas vezes já vimos o quão equivocados podem ser nossos julgamentos, porque nessa realidade de terceira dimensão a nossa visão é muito limitada e nunca vemos o quadro todo. Nossos julgamentos são parciais porque só vemos uma parte da situação.
Quantas e quantas vezes já nos arrependemos dos nossos julgamentos e percebemos como estávamos equivocados, quando alguma coisa se esclarece e podemos ver de outro ponto de vista.
Atraímos aquilo que estamos em sintonia… se atraímos coisas que não gostamos, elas não estão só fora da gente, e tentar mudar o exterior não funciona…
Se não gostamos do que estamos atraindo para nossa vida, o primeiro passo é a aceitação de que somos responsáveis por aquilo…
Sem julgamentos de que eu sou bom e o outro é ruim, porque entendemos que tudo está dentro, fica mais fácil nos afastarmos da incômoda posição de vítimas, que nos prende em queixas e reclamações infindáveis e não leva a lugar nenhum… só nos tira energia e alimenta a nossa autopiedade.
Nossas escolhas são, na maior parte da vezes, baseadas em julgamentos… nossos ou do outro… e nem sempre nos fazem felizes… Mas… existe uma fórmula mágica de fazer escolhas que nos afasta dos julgamentos equivocados baseados na razão e na nossa visão limitada e que nos proporciona um caminhar mais feliz… uma fórmula que não leva em conta a nossa classificação de bom ou ruim, fácil ou difícil…
Essa fórmula é seguirmos o nosso coração... Em vez de ficarmos nos infindáveis julgamentos e dúvidas entre o que será melhor ou pior… podemos transcender isso tudo ao estabelecermos uma conexão cada vez mais íntima com o nosso coração… com a nossa intuição…
Em cada um de nós existe uma “Parte que Sabe”… que tem uma visão ampla e uma sabedoria que está além do tempo linear… muito além do que podemos alcançar com nossos cinco sentidos…
Escutar e seguir o coração é como dançar com a vida em perfeita sintonia, uma dança cuja melodia pode se revelar inesperada, mas, tão harmoniosa que nos dá a certeza que o Universo é o Maestro…
Por Rubia A. Dantes