PODER TÓXICO DO PODER – 21/05/2012 –
Quando uma pessoa se queixa assim:
– “Eu era feliz quando era duro, não tinha dinheiro e a vida era difícil. Agora que tenho dinheiro sinto uma infelicidade imensa”, não raro está dizendo, com outras palavras, o seguinte:
– “Quando não tinha dinheiro, não sobrava tempo para pensar em mim de forma existencial, tinha que correr pra pagar conta, era tanta preocupação imediata, tanta emergência, tanto incêndio para (a)pagar que mal tinha tempo para o básico da vida exterior. Postergava as questões da vida interior alegando não ter tempo para isso.”
De fato, o nosso sistema sócio/econômico atual induz a isso*.
Agora, com dinheiro, está materialmente mais confortável, e é aí que a pessoa não cai em si, despenca em si, e a queda é dura se ela não descobriu quem, de fato, é. Ela agora percebe que não é feliz (auto-realizada), nunca foi. Só não tinha tempo e espaço emocional para perceber isso.
A busca desesperada pelo “material” a anestesiava da sensação de vazio existencial, que agora começa a “pegar”. A pessoa que percebe o que está acontecendo, se quiser resolver essa questão, terá que fazer o que deveríamos sempre fazer primeiro:
buscar a nossa identidade e a nossa vida interior.
Poucos fazem isso, a maioria fica curtindo o vácuo existencial pelo resto da vida. A indústria do tabaco, das bebidas alcoólicas, os traficantes de drogas e os laboratórios agradecem de todo coração.
O dinheiro não leva, não traz e nem manda buscar a felicidade (auto-realização).
Sempre é tempo de marcar o grande encontro das nossas vidas, o encontro com a gente mesmo.
*Vide documentário Thrive, disponível no Youtube
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Conheça um pouco mais do seu trabalho acessando: Youtube – Conteúdo do Livro: Foco No Afeto