O filme “O Auto da Compadecida”, de 2000, promete uma nova sequência para este ano, que tem a possibilidade de ser em formato de série.
Desde sua estreia em 2000, o filme “O Auto da Compadecida” virou um dos maiores célebres do cinema nacional brasileiro, sendo uma das histórias mais reprisadas pela Globo, em seus diversos formatos, tanto na “Sessão da Tarde”, como no Globoplay. Agora, para a felicidade dos fãs da produção, o filme terá continuação. Primeiramente a trama irá estrear nas telonas, mas depois também deve se transformar em uma série, prevista ainda para este ano.
De acordo com as informações publicadas pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, as filmagens da série estão previstas para o mês de julho, no entanto, ainda é incerto o futuro de “O Auto da Compadecida”, pois depende das agendas dos atores escalados, especialmente a de Selton Mello. A produção, direção e roteiro foi feito por Guel Arraes, o mesmo profissional que assinou a primeira versão do filme anos atrás.
Segundo o Terra, os rumores sobre a sequência de “O Auto da Compadecida” estão acontecendo desde 2020, entretanto, as conversas com o elenco da produção só se intensificaram no ano passado. Vale lembrar que, em 2000, quando o primeiro filme foi lançado, os atores responsáveis por dar vida a personagens tão marcantes foram: Selton Mello como Chicó e Matheus Nachtergaele como João Grilo, além de outros atores também, como Diogo Vilela, Marcos Nanini, Denise Fraga, Virginia Cavendish e Luís Melo.
Relembre o sucesso brasileiro
“O Auto da Compadecida” é uma história emocionante de João Grilo, um nordestino que passa por grandes desafios para garantir o pão de cada dia, usando toda a sua malandragem, além de Chicó, seu parceiro que mente com facilidade e é um conquistador nato. Lutando para sobreviver, os dois passam enganando todos do vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba, e a salvação da dupla só acontece após a aparição de Nossa Senhora, papel interpretado por ninguém menos que Fernanda Montenegro.
Em termos gerais, a história mostra a vivência de pessoas simples no Nordeste Brasileiro, com forte influência da literatura do cordel, e uma mistura impecável da religião e da cultura popular. A trama foi inspirada na peça do famoso escritor Ariano Suassuna, de 1955, chegando a ser visto por mais de 2 milhões de espectadores, além de ter atingido uma das maiores bilheterias dos anos 2000, segundo informações do Metrópoles.
Em 1999, segundo o Terra, a Rede Globo fez uma negociação com Ariano Suassuna para adaptar o formato para minissérie, e no ano seguinte, tiveram a produção lançada nas telonas do Brasil, com 100 minutos a menos que o tempo total da minissérie. Nos anos seguintes, “O Auto da Compadecida” se tornou um grande clássico da “Sessão da Tarde”, além de também ter voltado à grade da emissora em comemoração aos 20 anos da trama.
A comédia icônica mistura tanto religiosidade quanto regionalismo para contar a história dos dois nordestinos, João Grilo e Chicó, passando por diversas aventuras. Durante a comemoração de 20 anos, em 2020, Selton Mello disse ao jornal Extra que “O Auto da Compadecida” é um trabalho que, mesmo depois de tantos anos, diverte e comove o público brasileiro, além de também fazer parte da nova geração.
O sucesso do filme foi tão grande entre o público que conquistou 4 estatuetas no Grande Prêmio Cinema Brasil, como Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Roteiro e Melhor Lançamento. Além disso, segundo o Metrópoles, a trama também ganhou o prêmio da audiência para Guel Arraes, no Miami Brazilian Film Festival, e o de Melhor Ator a Matheus Nachtergaele, no Viña del Mar Film Festival.