A caminho do trabalho, tive de dar uma pausa para observar o comportamento de algumas pessoas que passavam pela rua.
A grande maioria seguia sua rotina e seu corre-corre constantemente com algo nas mãos: seus smartphones.
Na geração da internet e das redes sociais, as intensidades passaram a se concentrar nas notificações de uma conversa do WhatsApp ou na curtida de tal foto do Facebook. Uma leva de pessoas que pode simplesmente passar ao lado do amor de suas vidas e simplesmente não os virem, porque estavam assistindo a algum video de algum blogueiro por aí.
Que fique claro: não tenho nada contra redes sociais e nem contra os blogueiros famosos. Acontece que todo esse ambiente virtual, ao meu ver, simplesmente ignora as relações cara a cara.
As pessoas estão ficando cada vez mais distantes umas das outras, afinal, atualmente, é extremamente fácil deixar de conhecer pessoas “pouco interessantes” com uma simples passada de dedo. Talvez ela não te atraia visualmente, mas o seu jeito de andar pode te deixar encantado. Ou talvez ele não seja o loiro do olho claro que você sempre sonhou, mas pode ser o cara mais galanteador e interessante do mundo.
Sabe, a gente sente falta dos velhos e bons clichês. Talvez seja a falta deles que esteja arruinando as relações.
Por que mandar um emoji quando eu posso mandar um buquê de flores? Por que “publicar no mural” no aniversário de um amigo se eu posso levá-lo pra sair? Por que as pessoas se deixam levar por joguinhos de conquista? Claro, é preciso talvez esconder uma frustração por meio de uma frase “cult”.
É preciso esconder a solidão por meio de uma lista enorme de amigos, mesmo que metade deles nunca tenha enviado um “oi” sequer.
Não esquenta não. Não há nada de errado com a sua forma de amar. Não tem nada de errado em dizer tudo o que se sente. Nada de errado em ser sincera com seus sentimentos. Continue nessa. Escreva, diga, se abra.
Abra seu coração e não tenha medo de apostar todas as suas fichas. Quem te disse que é impossível? Por acaso existem normas a serem seguidas? Se sim, quem garante que são infalíveis? E vem cá, e seja bem sincera, quem as criou?
Não esquenta com essa história de “joguinhos de conquista”, não segue essa linha não. Ame nem que for errado mesmo. O mundo precisa de gente disposta a amar. Não caia nessa conversa de que demonstrar sentimentos é sinônimo de fraqueza, porque eu te digo amiga, não é mesmo!
Sabe, acho que o melhor conselho que eu tenho pra te dar é ser sincera com você mesma, ser você mesma independentemente do que as pessoas irão pensar.
E olha, esquece esse negócio de procurar alguém nesse monte de aplicativos aí viu. Te garanto que a conquista olho no olho, a conversa, a fase da atração é a mais bacana desse lance todo de relacionamento. Resgate aqueles filmes clichês mesmo, sabe?
Aqueles que te ensinam a flertar como se estivéssemos nos anos 50?
Sabe, hoje em dia, na geração dos smartphones, a gente não tem mais todo aquele romantismo que já vimos por aí, mas eu te garanto, ele ainda encanta. Vai por mim!
Texto escrito por Diego Branbilla