É bastante frequente nas épocas de calor extremo, as pessoas terem sintomas de pressão baixa, porém existem vários fatores que também podem desencadear esse quadro.
Também conhecida como hipotensão, a pressão baixa ocorre quando a pressão arterial fica abaixo de 90 x 60 mmHg. Para ser considerado como normal, sua pressão deve ficar abaixo de 12 por 8.
Algumas pessoas podem ter uma maior tendência a ter uma pressão mais baixa e isso não é, necessariamente, um problema. Esse quadro só passa a inspirar cuidados se ficar muito abaixo do nível normal, onde há risco para a saúde.
O que é a pressão arterial?
![Sintomas de pressão baixa: saiba quais são as causas e o que fazer](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/11/sintomas-de-pressao-baixa-saiba-quais-sao-as-causas-e-o-que-fazer-imagem-1.jpg.webp)
A pressão arterial é uma medida que reflete a força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias à medida que circula pelo corpo.
Esse fenômeno é resultado da atividade do coração durante seu ciclo de contração, conhecido como sístole, e relaxamento, que é a diástole.
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De acordo com o site do médico Drauzio Varella, durante a sístole, quando o coração se contrai para bombear o sangue para fora, a pressão nas artérias atinge seu valor máximo, conhecido como pressão máxima ou sistólica.
Nesse momento, as artérias experimentam a maior força do sangue. Em contrapartida, durante a diástole, quando o coração relaxa para permitir que as cavidades se encham novamente, a pressão arterial atinge seus valores mínimos, denominados pressão mínima ou diastólica.
Essa fase representa o período de menor pressão nas artérias, e é durante a diástole que as artérias têm a oportunidade de descansar antes do próximo ciclo cardíaco.
A pressão arterial é uma medida dinâmica que varia ao longo do ciclo cardíaco, refletindo a complexa interação entre o coração e o sistema vascular.
Quando é considerado que uma pessoa tem pressão baixa?
Como explicado anteriormente, a condição de pressão baixa, ou hipotensão arterial, é caracterizada por níveis de pressão sanguínea inferiores a 9 por 6.
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Indivíduos que sofrem desse problema podem experimentar episódios de desmaios quando a pressão arterial diminui. Porém é importante destacar que pessoas saudáveis podem apresentar níveis de pressão baixa até esse ponto sem manifestar os sinais negativos associados à hipotensão arterial.
A hipotensão arterial não é considerada uma doença isolada, mas pode estar associada a condições médicas mais graves, como infarto do miocárdio, embolia pulmonar, diabetes, doença de Addison e a síndrome de Shy-Drager, entre outras.
Embora a pressão baixa em si não seja categorizada como uma doença, seu diagnóstico e tratamento adequados são cruciais para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
A correta identificação das causas subjacentes da hipotensão arterial é essencial para orientar estratégias de manejo e garantir o bem-estar geral do indivíduo.
Sintomas de pressão baixa
Os sintomas mais frequentes associados à pressão baixa incluem:
- Tontura: Sensação de instabilidade ou vertigem.
- Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca, muitas vezes percebido como palpitações.
- Visão embaçada: Dificuldade em focar e perceber imagens de maneira clara.
- Náuseas e/ou vômitos: Desconforto gastrointestinal que pode resultar em vômitos.
- Sensação de desmaio: Percepção iminente de perda de consciência.
- Cansaço e fadiga: Sensação de exaustão e falta de energia.
- Sonolência: Tendência a sentir sono ou bocejar frequentemente.
- Palidez: Coloração pálida da pele, muitas vezes perceptível no rosto.
- Perda de equilíbrio: Dificuldade em manter a estabilidade ao ficar em pé ou se locomover.
- Dificuldade para se concentrar e confusão mental: Redução da capacidade de focar e clareza mental.
É comum que vários desses sintomas se manifestem simultaneamente. Caso persistam ou surjam de maneira abrupta, é importante buscar assistência médica imediata para uma avaliação completa e orientação adequada.
O reconhecimento precoce e o tratamento eficaz da pressão baixa são fundamentais para prevenir complicações e garantir o seu bem-estar.
Quais são as causas da pressão baixa?
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As origens da pressão baixa podem ser várias, e enquanto algumas pessoas a experimentam como uma característica natural de seus organismos, outras vezes pode haver causas subjacentes identificáveis.
As principais razões para a pressão baixa incluem condições como doenças cardíacas, problemas renais, distúrbios nos vasos e artérias, jejum prolongado, hipotensão postural (que ocorre ao ficar muito tempo deitado e se levantar rapidamente), infecções e desidratação.
A pressão baixa que é uma característica natural do organismo pode não ter uma causa específica aparente, mas em outros casos, ela pode ser um indicativo de problemas de saúde mais sérios.
A queda de pressão também pode ocorrer em situações onde há perda de controle do fluxo sanguíneo e hipovolemia, que é a diminuição da quantidade de sangue no corpo.
Existem outros fatores, como desidratação, jejum prolongado e o uso excessivo de medicamentos como anti-hipertensivos, diuréticos e agentes para perda de peso, entre outros. Em dias mais quentes, a dilatação das artérias pode resultar na diminuição dos níveis de pressão, pois o sangue não precisa exercer tanta força para circular.
Outra situação que pode levar a quedas de pressão é quando uma pessoa se levanta abruptamente após permanecer por muito tempo deitada, agachada ou sentada.
Esse fenômeno, conhecido como hipotensão postural ou ortostática, ocorre devido a um déficit momentâneo na irrigação do cérebro, resultante do retorno venoso mais lento e subsequente débito cardíaco. Esses episódios são mais comuns em idosos tratados com medicamentos anti-hipertensivos ou em indivíduos com diabetes.
A hipotensão neuralmente mediada é outra forma de queda de pressão, manifestando-se quando alguém permanece em pé, imóvel, por um longo período ou em resposta a uma experiência emocional impactante.
O limite aceitável para a hipotensão é determinado pela capacidade de perfusão tecidual, isto é, pelo fluxo sanguíneo e aporte de oxigênio fornecidos aos tecidos para manter sua função. Situações em que esses níveis diminuem significativamente são consideradas choque circulatório, estabelecido ou iminente, exigindo intervenção médica urgente de extrema gravidade.
O que fazer em uma crise de pressão baixa?
Durante uma crise, é aconselhável evitar esforços físicos e caminhadas, porque isso pode agravar a sensação de tontura e, em casos extremos, levar a desmaios.
A recomendação é que a pessoa se deite e eleve as pernas, direcionando o fluxo sanguíneo em direção ao cérebro e ao coração. Essa posição auxilia na melhoria da circulação e pode aliviar os sintomas associados à pressão baixa.
Além disso, uma medida comum é dissolver uma pequena quantidade de sal em um copo de água e consumi-lo. O sal pode ajudar a elevar os níveis de pressão arterial, contribuindo para a recuperação do equilíbrio.
É importante ressaltar que essas são medidas temporárias e que a busca por assistência médica é essencial para uma avaliação completa da condição e determinação do tratamento adequado.
O que comer em caso de pressão baixa?
Durante uma crise, é recomendável optar por alimentos que não sejam excessivamente salgados ou doces. Opções como frutas e vegetais são escolhas saudáveis e benéficas nesse contexto.
É essencial evitar longos períodos de jejum, pois a ausência de ingestão de alimentos pode contribuir para a redução da pressão arterial. Manter uma alimentação regular e balanceada ao longo do dia é fundamental para sustentar níveis apropriados de pressão arterial e prevenir quedas abruptas.
Mantenha-se hidratado, consumindo água regularmente. A hidratação adequada é fundamental para o bom funcionamento do sistema circulatório e pode ajudar a manter a pressão arterial em níveis saudáveis.
Mulheres grávidas têm pressão baixa?
Sim, é considerado normal ter pressão baixa durante a gravidez. Este fenômeno ocorre devido à expansão do sistema circulatório para atender às demandas do feto em desenvolvimento, o que pode resultar em uma diminuição temporária da força do fluxo sanguíneo.
É importante ressaltar que essa condição é comum e, geralmente, a pressão arterial retorna aos níveis normais após o parto.
É importante distinguir a pressão baixa associada à gravidez da eclâmpsia, uma condição mais séria.
Casos de eclâmpsia exigem atendimento médico urgente, pois representam uma complicação grave que pode afetar a saúde da mãe e do feto.
Enquanto a pressão baixa durante a gravidez é muitas vezes uma resposta fisiológica normal, qualquer preocupação ou sintoma atípico deve ser prontamente comunicado ao profissional de saúde responsável pelo acompanhamento da gestação.
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*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.