Quanto mais próximos estivermos do nosso coração, mais próximos estaremos do coração do outro.
Não deixe que a aparente separação de nossos corpos impeça você de perceber a união de nossas essências. Quanto mais próximos estivermos do nosso coração, mais próximos estaremos do coração do outro.
Mesmo que por caminhos completamente diferentes, mesmo com princípios e valores que diferem do seu, mesmo sem querer e sem saber, o outro está na mesma busca que você. E quanto mais permanecermos em nosso coração, melhor conseguiremos enxergar, aceitar e apreciar a consciência que está por trás das aparências do outro.
Nosso ego quer ser validado a todo instante, e sempre usa a separação e o julgamento como ferramentas de autoafirmação. Quando entramos em algum tipo de atrito, ceder, ouvir sem querer interromper, admitir alguma falha e reconhecer a verdade de cada situação são atos de sacrifício para o nosso ego, mas uma honra para o nosso espírito.
O número e a intensidade de brigas, discussões e conflitos é proporcional à distância que o nosso coração está do outro.
Muitas vezes, o tom é aumentado no intuito de querermos que o outro nos ouça mas, na verdade, falamos mais alto porque não queremos ouvir o que nosso coração está querendo nos dizer. E o que ele quer é paz. A paz pode significar a morte para nossa mente, que está constantemente buscando ameaças, controlar as pessoas e exercer o poder para se sentir fortalecida.
É o nosso julgamento sobre nós mesmos, sobre o outro e sobre a situação que nos impede de ver o que está acontecendo com clareza.
Respirar e deixar que a necessidade de estar certo se vá fazem com que paremos de nos identificar com a raiva, tristeza e outras emoções negativas, e é nesse ambiente de silêncio interno que podemos ouvir o nosso coração, sem os ruídos de nossa mente.
Eleve a sua consciência, transcenda a dualidade de certo e errado, porque o que realmente queremos não é estar com razão, é estar no coração.
Direitos autorais da imagem de capa: Kinga Cichewicz/Unsplash.