A felicidade e a alegria não são externas ao ser humano, são características inerentes ao próprio. Conheço pessoas que têm o interior da casa física impecável, mas são infelizes porque o seu interior está um caos.
Lê-se, pela internet, que devemos ter uma casa muito arrumada, sem papéis que não tenham interesse, sem roupas rasgadas, etc., para nos sentirmos alegres e felizes.
A felicidade e a alegria não são externas ao ser humano, são características inerentes ao próprio. Conheço pessoas que têm o interior da casa física impecável, mas são infelizes porque o seu interior está um caos.
Tomemos o exemplo das crianças que vivem em casebres, sem conforto, vestem qualquer roupa, mesmo rasgada, ficam felizes com as brincadeira que inventam, riem, não estão fechadas em casa, nem ligadas aos tablets… respiram!
Há poucos anos, saí de um apartamento com quatro divisões, troquei por um que só tem duas, devido a falta de acessos à cadeira de rodas de um ente querido.
Ele sufocava com a própria saliva, o que equivale a dizer que, durante as mudanças, tinha de permanecer a seu lado. Quem me ajudou despejou as gavetas para dentro de sacos, para eu fazer a escolha.
Foi muito difícil separar papéis importantes, misturados com textos: eu escrevia muito, para um jornal, guiões para televisão, programas radiofônicos e poesia.
Guardava (guardo) todas essas boas recordações, que fazem parte da minha vida e sou feliz ao revê-las.
Viria a conhecer uma editora e fiz-me sua voluntária. Para além das Feiras do Livro, passei a ocupar-me de divulgar seus livros, por minha iniciativa. Tratando-se de Espiritualidade, interessei-me por ser membro de grupos onde posso divulgar, criei dois blogs e uma página para os meus textos de opinião no facebook, Apoio Causas através daquilo que escrevo.
E vou arrumando tudo conforme posso: a roupa rasgada está guardada para quando tiver oportunidade, não a jogo fora, seria uma afronta ao meio ambiente e à energia divina na espécie de dinheiro, pois teria de adquirir outra. Minha prioridade é passar o conhecimento que obtenho, a quem se interessar.
Passar de quatro divisões para duas não foi fácil. Mas sou alegre e feliz, porque estou viva e a fazer o que gosto.
E tento cuidar, em primeiro lugar, de ter o meu interior bem arrumado, pois meu corpo é bem mais valioso do que aquelas paredes de tijolo e cimento que o abriga.
Crianças são um exemplo de que a felicidade não é externa: veem-se a brincar, junto a humildes casebres, sorriso encantador, são livres!
Outras, nos centros comerciais, olhar apagado, sorriso triste, nem os brinquedos que vão atiram para o carro das compras lhes ilumina o semblante.
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