Atriz Suzana Alves comentou sobre universitárias que debocharam de colega de turma de 44 anos.
Na década de 90, Suzana Alves ficou conhecida por sua personagem Tiazinha. Ela surgiu com um vídeo na web comentando a polêmica envolvendo universitárias que debocharam da estudante mais velha.
A mulher de 44 anos foi criticada por suas colegas de classe. O vídeo, postado apenas para um grupo fechado de seguidores no Instagram, acabou viralizando e logo em seguida, alguns universitários homenagearam a vítima depois do episódio.
De acordo com o portal R7, por meio de um desabafo publicado em seu perfil no Instagram, Suzana disse ter se identificado bastante com a história e decidiu fazer uma reflexão com seus seguidores. Aos 44, está cursando o sétimo semestre de psicologia.
Vale ressaltar que esta é sua segunda graduação. A primeira foi jornalismo. “Acredito que a vida começa aos 40, vou fazer 45 anos em agosto e fiquei pensando: como é bom a gente viver, querer estudar, planejar e realizar os nossos sonhos. Como é maravilhoso estar cheia de vida”, entregou ela.
Em seguida, pontuou que já está pensando na próxima faculdade, mestrado e especializações. “A menina errou, todos nós falamos e fazemos bobagem nessa vida, temos que respeitar o tempo de cada um.”, disparou.
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Por fim, disse que é preciso refletir sobre o que sai da nossa boca sem pensar ou se aprofundar. Mencionou ainda a importância do perdão e de nunca parar de sonhar e realizar os objetivos. “Tenho 44 anos e só estou na minha segunda faculdade. Ainda tem muito chão pela frente, se Deus quiser”, concluiu.
Dentre os comentários recebidos no post, diversos seguidores se manifestaram em favor de Suzana Alves. Uma internauta de 41 anos escreveu que está aprendendo a dirigir e fazendo faculdade de serviço social.
Um homem alegou que aos 48, pretende terminar sua faculdade de engenharia elétrica. “Vou pra cima. Zombar é fácil, difícil é calçar os meus sapatos e percorrer todo caminho que eu percorri”, publicou. “Eu estou começando minha segunda faculdade aos 38 e como você disse, não penso em parar”, comentou outra pessoa.
Entenda o caso comentado por Suzana Alves
Como já dito anteriormente, há um vídeo mostrando três universitárias de Bauru (SP). Elas debocham de uma estudante da instituição e ironizam sua idade pelo fato de ter mais de 40 anos.
“Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”, questiona uma das alunas. Neste momento, uma outra responde: “Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”. “Realmente. Não sabe o que é o Google”, detona uma terceira.
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Conforme o Terra, rapidamente o vídeo levantou inúmeras discussões na internet. Muita gente ficou revoltada diante dos comentários feitos pelas jovens. “Minha mãe com 50 anos vai entrar na faculdade esse ano. Por isso eu fico P*TA com um bagulho desse, pq é uma coisa que poderia ter acontecido com ela”, esbravejou uma mulher.
Já outra internauta escreveu: “Minha avó com 65 anos teve a chance de entrar em uma faculdade esse ano. Ela me manda as fotos das atividades e diz que a faculdade está mudando a vida dela… fico tão feliz por poder ajudar ela a entrar e estudar como nunca teve uma oportunidade antes”, escreveu uma internauta.
A faculdade UniSagrado emitiu um comunicado sem citar o caso de maneira direta. Contudo, condenou qualquer tipo de discriminação. Os demais colegas de classe da aluna deram flores de presente à ela e abominaram o vídeo em questão.
Carta aberta para a vítima
A psicóloga Maria Rafart reagiu às cenas de etarismo – preconceito com a idade – e postou uma carta aberta em forma de vídeo em sua conta do Instagram. Rapidamente, algumas mulheres reagiram à publicação.
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“Comecei a minha com quase 50, sofri preconceito, um exemplo é que todas as vezes que tinha trabalho em grupo eu tinha que ficar perguntando pra várias pessoas se podia entregar no grupo, o que me deixava muito constrangida.”, desabafa uma seguidora.
Depois, ela revela ter sofrido síndrome do pânico na época. Disse não ter se formado ainda por conta da pandemia e um câncer de intestino. “Faço em regime especial e se Deus quiser esse ano termino, com 55. Rumo a vitória!”, celebrou.
Uma outra entregou que ela e o marido concluíram o ensino médio graças ao apoio e, de certa forma, à cobrança dos filhos que já cursavam uma faculdade. Finalizou seu discurso levantando a bandeira de que o que provavelmente faltou às autoras do vídeo massacrando colega de turma foi uma boa educação.