Talvez, no momento, eu esteja sem direção…
Estamos tão obcecados em saber. Saber quem somos. Para onde estamos indo. Saber como o futuro vai ser, ou por quem vamos nos apaixonar. Saber o que estamos destinados a fazer ou onde devemos acabar. Conhecer a pessoa que devemos ser, a pessoa que somos, a pessoa que nos tornaremos.
Queremos saber tudo.
E muito da minha vida foi vivido dessa maneira – procurando, olhando, querendo.
Eu estive em um loop constante. Continuo pensando que se eu me esforçar o suficiente, se me empurrar um pouco mais, vou aprender a lidar com tudo. Eu vou entender o caminho que deveria estar trilhando, quais passos devo dar.
Eu sempre fui uma pessoa de planejar, de traçar o mapa e a rota. Quando se trata do desconhecido, eu tenho lutado. Eu quero saber. Quero entender. Quero escolher.
Mas o que eu percebi é que não tenho qualquer controle.
O universo controla meu destino. Meu Deus pavimenta o caminho de minha vida. Claro, eu tenho minhas próprias escolhas e vontades. Claro que posso escolher ir pela direita ou esquerda, mas não consigo decidir quem tropeçará em meu caminho. Eu não posso escolher o que vai acontecer comigo, coisas boas ou ruins.
Eu não posso me planejar para imprevistos, acidentes, nem mesmo para os momentos de alegria.
E quanto mais cedo eu aceitar isso, quanto mais cedo todos nós aceitarmos isso, talvez aprendamos que a verdadeira felicidade é a liberdade do caos em nossas próprias mentes.
Nossas cabeças fazem truques conosco. Nossos cérebros são racionais; eles querem ter respostas e tomar decisões. Valorizam o controle, a ordem e a compreensão. E quando não temos isso, eles nos fazem sentir ansiosos, assustados, estressados ou nervosos, porque nossas vidas estão fora de controle.
Mas não estão.
Nossos cérebros nos dizem que devemos ter as respostas, que devemos manter contato com todos ao nosso redor, que devemos procurar e procurar até encontrarmos. Mas não podemos saber tudo.
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E talvez não seja sobre sabermos tudo.
Talvez não seja sobre a descoberta, mas sobre a viagem para chegar lá. Talvez não seja o que sabemos, mas a experiência que ganhamos ao longo do caminho.
Talvez estejamos totalmente e completamente bem – exatamente onde estamos. Nosso cérebro está apenas nos dizendo de forma diferente porque querem que tenhamos as respostas. Respostas que só vamos ganhar vivendo, ao invés de planejando.
Talvez você não precise ter um mapa, um plano, uma direção definida. Talvez você possa fechar os olhos e confiar, curvar a cabeça e orar, respirar fundo e saber que está destinado a estar onde está. E acreditar em si mesmo e no processo.
Talvez a vida seja expandir – sua mente, suas experiências – e mergulhar nela, ao invés de tentar compreendê-la completamente. Talvez não tenhamos a intenção de saber ou ter, porque isso nos chegará naturalmente, enquanto continuamos.
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Talvez, no momento, eu esteja abandonando o livro de regras, parando de pesquisar, confiando que meu Deus, o universo e minha intuição sabem quem eu sou e para onde irei.
E eu estou caminhando para frente – sem direção.
Talvez não tenhamos de saber para onde estamos indo ou o que vai acontecer – porque nunca saberemos essas coisas. Talvez devêssemos apenas seguir nossos corações, as mensagens de nossos deuses, os caminhos que estão chamando nossos nomes.
Talvez, neste momento, eu deixe ir e apenas seja.
Talvez seja isso a verdadeira liberdade, a verdadeira fé, a verdadeira vida – e eu convido você a se juntar a mim.
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Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: Thought Catalog