Juan ainda afirmou: “Só queria passar adiante meu ponto de vista e gerar um pouco de consciência e responsabilidade compartilhada”.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a vasectomia é um procedimento cirúrgico que pode impedir os homens de terem filhos, isso porque o procedimento consiste em interromper o canal que liga os testículos ao pênis, impossibilitando sua chegada à uretra e reduzindo substancialmente as chances de gravidez da parceira.
O procedimento é bem rápido, de 15 a 20 minutos, não precisa de internação hospitalar, e o médico apenas aplica uma anestesia local para, posteriormente, retirar um ou dois canais que interrompem essa circulação dos espermatozoides. Dentro do próprio site do Ministério da Saúde, existe a informação de que a vasectomia é uma cirurgia “bem mais simples que a laqueadura de trompas femininas“.
Dentro dos mitos e dos tabus alimentados pela vasectomia, muitos homens acreditam que é um procedimento que pode interferir na vida sexual, mas os médicos garantem que não, ela é apenas capaz de interromper a passagem de espermatozoides, o resto fica tudo exatamente como antes.
Para o músico e saxofonista Juan Antonio Murillo, a vasectomia não era apenas uma cirurgia, mas também a sua forma de contribuir com a contracepção. Em uma publicação viral em seu Twitter, o artista explicou que a vasectomia era muito menos invasiva do que a laqueadura, e oferecia menos efeitos colaterais que os anticoncepcionais, reforçando que essa obrigação também deve ser dos homens.
Com mais de 4.400 retuítes e 37 mil curtidas, os usuários se dividiram entre aprovar e reprovar a publicação do músico. Um seguidor afirmou que, para “planejar com responsabilidade”, bastava conhecer o ciclo menstrual da mulher, assim não existiria dor e se tornaria uma responsabilidade de ambos, além de “agradar a Deus”.
A maioria das mulheres que responderam à publicação de Juan reagiram positivamente à atitude do músico, isso porque sabem que ficam com toda a responsabilidade da contracepção. Algumas compartilharam fotos de suas pílulas anticoncepcionais, outras relataram precisar se preocupar sozinhas com a gravidez, por isso são consideradas as principais responsáveis por engravidar, mesmo que os homens insistam em não usar método algum.
Outro seguidor afirmou que a publicação de Juan, acompanhada de uma foto dele com roupa de cirurgia, era apenas para “alcançar o sucesso”, pois não tinha fundamento algum. O músico rebateu dizendo que tinha feito aquele post na intenção de ajudar a conscientizar os homens, já que eles também fazem parte do processo de concepção, mas nem sequer se interessam pelas formas existentes de evitar uma gestação.
Contracepção e porcentagem de falha
Todos os métodos contraceptivos são passíveis de falha, inclusive a laqueadura e a vasectomia, mesmo que seus índices sejam baixíssimos. Basta uma pequena pesquisa na internet para descobrir os vários casos de gravidez depois de uma ou de outra cirurgias. Mesmo assim, informar-se com seu médico e seu parceiro ou parceira sobre os métodos existentes, em busca do melhor para o casal, pode ser uma boa forma de evitar uma gravidez indesejada.
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Dentre os principais métodos contraceptivos e suas taxas de eficiência, destacam-se:
Implante subdérmico (99,9%): mas causa efeitos colaterais nos primeiros seis meses;
DIU Mirena (99,8%): as taxas de gravidez reduzem se as pacientes tiverem acompanhamento regular, além disso ele libera progesterona no útero, o que reduz ainda mais as chances de gravidez.
DIU de cobre (99,2%): funciona praticamente como o outro, com exceção do hormônio, este libera cobre no útero, que causa inflamação e impede o espermatozoide de fecundar o óvulo. Acompanhamento anual também é indicado.
Injeção (94%): de acordo com os especialistas, a gravidez ocorre porque as pacientes não tomam no dia certo o remédio.
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Anticoncepcional — pílula (91%): um número bem baixo, principalmente porque antibióticos e alguns remédios podem fazer com que percam a eficácia, além de diarreia ou tomar em horários diferentes ao longo dos dias aumentam as chances de engravidar.
Adesivo (91%): mulheres com mais de 90 kg devem evitar o método, que é ineficaz, além disso, as pacientes precisam seguir todas as instruções corretamente, trocando o adesivo semanalmente.
Camisinha (82%): o número é baixo justamente porque os usuários não sabem como colocá-la corretamente, não sabem armazená-la, além de usá-la apenas perto de ejacular.
Os métodos contraceptivos servem apenas para evitar a gravidez; dos elencados acima, apenas a camisinha tem o potencial de evitar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).