Tata Werneck e Rafa Vitti atualmente não têm planos de ter outro filho. Em uma entrevista ao portal Em Off, realizada no dia 27 de abril, a humorista explicou que não deseja engravidar novamente após ter dado à luz Clara Maria, de 3 anos, e revelou suas razões para essa decisão.
Tata compartilhou que teve uma gravidez muito difícil e que só passaria por isso novamente para ter sua filha. No entanto, ela também expressou receios em relação a uma nova gestação, afirmando que tem medo de engravidar novamente e que, se acontecer, não será planejado.
Apesar disso, Tata também mencionou que tem o desejo de aumentar sua família. Contudo, ela questiona se sua idade poderia ser um obstáculo para uma gravidez natural, uma vez que ela está se aproximando dos 40 anos.
“Eu já não sei também se eu posso mais ter, estou com quase 40 anos, né? Posso engravidar naturalmente ainda?”, questionou.
Crise no casamento?
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Quanto aos rumores de uma crise no casamento, a humorista desmentiu as especulações. Ela afirmou que o casal está bem e que não há problemas em seu relacionamento. Tata esclareceu que os boatos surgiram devido ao fato de Rafa ter um apartamento no Recreio, onde ele costumava ir praticar surfe antes da pandemia. Durante o período de isolamento, ele não estava indo, mas recentemente voltou a frequentar o local, o que gerou comentários infundados sobre uma suposta separação. Tata garantiu que ela estava no apartamento com ele e que tudo estava bem entre eles.
“A gente é um casal normal. Eu sei de onde surgiu (se refere a fofoca de separação), porque o Rafa tem apartamento no Recreio e ele vai para lá para pegar onda. E na pandemia não estava indo, agora está mais. E eu pensei: ‘Em algum momento vão falar’. Mas eu estava no apartamento direto”, afirma, desmentindo os rumores.
Possibilidade e Riscos da Gravidez em Idade Avançada
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Atualmente, é uma realidade cada vez mais comum o adiamento da gravidez devido à crescente participação das mulheres no mercado de trabalho. No entanto, surgem muitas dúvidas em relação a como isso pode ser feito e quais são os impactos na saúde da mãe e do bebê.
O período mais fértil para as mulheres situa-se entre os 20 e 24 anos de idade. A partir dos 35 anos, há indícios de que a probabilidade de engravidar naturalmente reduz em 50% em comparação aos 24 anos. Estudos indicam que o envelhecimento traz consigo algumas consequências biológicas que são amplamente discutidas. A mulher já nasce com uma quantidade limitada de óvulos, e, por isso, as chances de engravidar diminuem à medida que o tempo passa, aumentando também o risco de complicações durante a gravidez.
Segundo o Dr. Rodrigo Rosa, ginecologista, obstetra, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, a partir dos 35 anos há um aumento no risco de aborto, síndromes cromossômicas e complicações obstétricas, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro. No entanto, cuidados pré-natais adequados, como controle de peso, alimentação saudável, prática de atividade física, monitoramento da pressão arterial e glicemia, bem como outros controles relacionados aos hormônios, podem reduzir significativamente o risco de complicações.
Contribuição da Ciência
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Existem duas opções para tratamento de fertilização a partir dos 40 anos: fertilização in vitro e doação/recepção de óvulos. A fertilização in vitro (FIV) é um dos tratamentos de reprodução humana mais populares. No entanto, suas taxas de sucesso também são afetadas pelo envelhecimento, uma vez que a idade do óvulo utilizado determina a chance de gravidez. Por exemplo, a chance de gravidez por FIV com óvulos próprios aos 44 anos é de 5% e aos 45 anos é inferior a 1%, conforme explicado pelo Dr. Rodrigo Rosa.
O médico destaca que existem exceções à regra, como mulheres com reserva ovariana acima da média ou que tenham congelado óvulos anteriormente. No entanto, quando esses fatores não estão presentes, a segunda opção de tratamento é a recepção de óvulos doados.
Mas o que é a recepção de óvulos? Essa técnica consiste no uso de óvulos doados para realizar a FIV, em que são fertilizados em laboratório com o sêmen do parceiro ou de um doador e, posteriormente, inseridos no útero da mulher para gerar o bebê. O especialista afirma que dessa forma as chances de gravidez por meio da FIV aumentam para cerca de 60%.
É importante ressaltar que a gravidez por meio da doação de gametas, seja óvulos ou espermatozoides, não diminui o papel dos pais receptores, uma vez que são eles que garantirão que a criança cresça feliz e saudável. É fundamental que temas como esse sejam cada vez mais discutidos para conscientizar a população sobre a importância da doação de gametas e para normalizar o uso de óvulos e espermatozoides nos tratamentos de fertilidade.
Você pode estar se perguntando até que idade isso é possível. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, é permitido realizar esses procedimentos até os 50 anos. A partir dessa idade, é necessário obter autorização do órgão por meio de relatórios médicos que atestem que a mulher está apta a gestar com baixo risco para sua saúde. Além disso, é importante lembrar que alguns hábitos, além da idade, podem afetar a fertilidade, como tabagismo, obesidade, estresse, consumo excessivo de cafeína e álcool. Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente e ter um sono adequado são fatores que podem auxiliar na fertilidade.
Congelamento de Óvulos
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Em 2021, Claudia Raia deu uma entrevista para o site Gshow falando sobre sua vontade de ser mãe novamente. Ela já tem dois filhos do relacionamento com Edson Celulari, Enzo e Sophia. “Filho na idade que a gente quiser!”, declarou. Claudia revelou que já congelou seus óvulos para poder realizar esse desejo, mas ainda não há planos definidos em relação a data ou prazo. Seu marido, Jarbas, também apoia completamente essa iniciativa.
“É algo que conversamos sobre. Eu congelei meus óvulos, justamente porque tenho essa vontade de ser mãe novamente. Mas ainda são planos. Não temos nenhuma data, nenhum prazo fechado”, contou.
Segundo os especialistas, as chances de uma gravidez natural são reduzidas nessa fase da vida, uma vez que o organismo da mulher está entrando na menopausa, marcando o fim da fase reprodutiva. Independentemente do método utilizado, o mais importante é que seja realizado de forma segura para a mãe e o bebê.
O Dr. Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana, diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica, destaca que o congelamento de óvulos é uma técnica importante para mulheres que desejam adiar a maternidade. Ele ressalta que o congelamento pode ser feito em qualquer idade, mas quanto mais cedo, melhor. Até os 35 anos, as chances de gravidez são maiores. A partir dos 42 anos, a taxa de sucesso é baixa e não é recomendada. O médico enfatiza que, ao utilizar os óvulos congelados, as chances e riscos estão relacionados à idade da mulher quando ocorreu o congelamento, sendo necessário analisar apenas a saúde clínica da mulher naquele momento.
Tipos de Congelamento de Óvulos
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Vitrificação:
Essa é a técnica atual que revolucionou a forma de congelamento de óvulos e embriões. Ela evita a formação de cristais de gelo no interior do óvulo durante o congelamento, o que diminui os danos. Nessa técnica, os oócitos são imersos em nitrogênio líquido a -196ºC.
Congelamento Lento:
Essa era a técnica antiga utilizada tanto para óvulos quanto para embriões, antes de ser aprimorada para a vitrificação a partir de 2005. O principal problema dessa técnica era a formação de cristais de gelo no interior do oócito durante o congelamento, o que danificava a estrutura celular e causava alterações cromossômicas. Com os avanços científicos, o método foi modificado e passou a ter mais sucesso.
A especialista em reprodução humana Ana Lucia Beltrame, mãe de Rafael e Guilherme, afirma que a técnica de congelamento melhorou significativamente nas últimas três décadas. Ela atribui o aumento das realizações bem-sucedidas à mudança para a vitrificação. Essa técnica permite que o congelamento ocorra rapidamente, evitando a formação de cristais de gelo que possam danificar o óvulo. Essa técnica vem sendo utilizada há cerca de cinco anos e garante uma taxa de sobrevida de 80% a 90% dos óvulos após o descongelamento.
Quais são os riscos do congelamento de óvulos?
Com os avanços da técnica, os riscos durante a estimulação ovariana e a coleta dos óvulos são mínimos. Além disso, até o momento, não existem evidências científicas de que haja alguma consequência para as crianças concebidas por meio de óvulos congelados.