Você já está familiarizado com o termo “tolyamor”? Esta expressão, que se enquadra em categorias como amizade colorida e monogamia, descreve uma forma única de relacionamento.
O termo foi cunhado por Dan Savage, um renomado podcaster, combinando as palavras “tolerar” e “poliamor”.
De acordo com Savage, tolyamor refere-se a uma situação em que uma pessoa mantém relações sexuais ou amorosas fora do relacionamento principal, sem prévia discussão com o parceiro.
Essencialmente, serve como uma etiqueta para casais que escolhem ignorar a infidelidade e manter o relacionamento.
Marie Thouin, uma coach de vida que colaborou com Savage, elaborou sobre este conceito em uma publicação. Ela define tolyamor como uma forma de monogamia onde se ignora deliberadamente os envolvimentos externos para preservar o relacionamento principal.
Considere casais como Hillary e Bill Clinton, onde a infidelidade foi revelada, mas eles optaram por permanecer juntos numa estrutura monogâmica, em vez de se divorciarem ou adotarem uma relação abertamente poliamorosa mencionou Thouin em seu texto
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Diferenças entre Tolyamor e Poliamor
Comunicação:
- Tolyamor: Tende a haver uma falta de discussão sobre as dinâmicas do relacionamento, com uma aceitação implícita de infidelidades.
- Poliamor: Caracterizado por um diálogo aberto e franco entre os parceiros sobre os termos do relacionamento.
Acordos sobre infidelidades:
- Tolyamor: As infidelidades são toleradas sem acordos prévios, muitas vezes sem o conhecimento explícito ou a aprovação de um dos parceiros.
- Poliamor: Existe um consenso claro e consentimento mútuo sobre envolvimentos externos, com regras estabelecidas e acordadas por todos os envolvidos.
Transparência das regras:
- Tolyamor: As regras, se existirem, são vagas ou não especificadas, levando a uma compreensão talvez desigual do que é aceitável.
- Poliamor: As regras são definidas de maneira transparente e concordada, garantindo que todos os envolvidos entendam e concordem com os limites e expectativas.
Essas diferenças sublinham a importância da comunicação e do consentimento em qualquer tipo de relacionamento, destacando como cada abordagem lida com a infidelidade e a inclusão de terceiros de maneiras fundamentalmente diferentes.
Razões para tolerar a infidelidade
Marie Thouin destaca várias razões pelas quais casais podem escolher o tolyamor. Uma delas é o estigma social ainda enfrentado por casais poliamorosos, visto que a monogamia ainda é o modelo de relacionamento mais aceito. Dependências financeiras ou emocionais também são fatores que podem influenciar essa escolha.
Outros casais podem apresentar uma convivência harmoniosa em muitos aspectos, como na criação dos filhos e no suporte mútuo, optando por tolerar a infidelidade sexual em vez de terminar o relacionamento.
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Existem ainda aqueles que não se importam com a traição, desde que ela não seja explícita, e pessoas que permitem que seus parceiros satisfaçam seus desejos sexuais com outros, evitando que o sexo se torne uma obrigação.
Implicações psicológicas e sociais do Tolyamor
A escolha pelo tolyamor pode ter implicações significativas tanto no bem-estar emocional dos indivíduos quanto na dinâmica do relacionamento.
Psicólogos sugerem que, enquanto algumas pessoas podem se adaptar bem a este arranjo, outras podem experimentar sentimentos de abandono, ciúmes ou baixa autoestima.
Ademais, a prática do tolyamor pode refletir e influenciar as normas sociais sobre relacionamentos.
Ao escolher não discutir abertamente a infidelidade, casais em tolyamor podem estar reforçando a ideia de que tais comportamentos são aceitáveis ou até inevitáveis, contribuindo para uma visão mais flexível ou tolerante de compromissos relacionais.
Em resumo, o tolyamor é um conceito que desafia as noções convencionais de relacionamentos, oferecendo uma alternativa para aqueles que desejam manter um vínculo amoroso apesar das dificuldades e desafios externos.
Esta escolha, embora complexa e cheia de nuances, demonstra a diversidade de formas que os relacionamentos modernos podem assumir.