Um tratamento inovador utilizando sangue de cordão umbilical foi bem-sucedido no salvamento da vida de uma menina de 8 anos que estava enfrentando leucemia. Segundo sua mãe, Simona, em entrevista à BBC nesta terça-feira (20), a participação da criança no ensaio clínico foi considerada sua “última chance de sobreviver”.
A pequena Sarah, residente em Cornwall, Inglaterra, foi uma das 10 crianças que receberam o tratamento experimental no Hospital Infantil Royal Manchester. Somente crianças para as quais todos os métodos tradicionais de tratamento haviam falhado foram selecionadas para o estudo.
O tratamento pioneiro envolveu a utilização de sangue de cordões umbilicais doados. A duração total do ensaio clínico foi de dois anos. Segundo Simona, o tratamento permitiu que sua filha agora “a filha aproveite a vida plenamente”. Sarah foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda aos quatro anos de idade e já havia passado por diversos tratamentos, incluindo quimioterapia e transplante de medula óssea, sem sucesso.
Durante o tratamento experimental, a equipe médica do hospital realizou “um transplante de células-tronco do sangue do cordão umbilical” nas crianças, juntamente com uma série de transfusões de glóbulos brancos. O objetivo era “aumentar as habilidades de combate ao câncer do novo sangue do cordão”. A eficácia das transfusões foi monitorada ao longo do ensaio.
Os pesquisadores enfatizaram que os transplantes de sangue do cordão umbilical foram realizados “apenas quando todas as outras opções de tratamento foram esgotadas” devido aos riscos envolvidos. Simona afirmou que, desde que recebeu o tratamento, Sarah está em remissão há um ano. “Eu sabia que essa era a última chance dela de vida”, disse a mãe à BBC North West Tonight. “Esse ensaio salvou a vida dela. Como resultado desta pesquisa, Sarah agora está aproveitando a vida plenamente.” A família está ansiosa para passar férias na França, e Simona acrescentou: “Este tratamento nos devolveu as nossas vidas”.
Os resultados preliminares do estudo foram publicados no Journal of Hematology britânico, e o estudo foi expandido para atender mais pacientes no Reino Unido. O professor Rob Wynn, diretor do programa pediátrico de transplante de medula óssea do hospital, afirmou que Sarah é uma das cinco crianças do estudo que estão “em remissão graças a esse tratamento experimental eficaz”.
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“Sem este ensaio clínico, é improvável que qualquer uma das crianças ainda estivesse viva”, disse ele. “Sabemos de pesquisas anteriores que as células do cordão umbilical oferecem o tratamento mais eficaz para crianças com leucemia difícil de tratar. O ensaio clínico se baseia nesta pesquisa e oferece uma opção de tratamento para as crianças mais doentes.” Ele acrescentou que os pesquisadores continuarão a estudar para aprimorar o tratamento, “para que possamos refiná-lo e otimizá-lo ainda mais para curar crianças com leucemia difícil de tratar”.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.