Imagine-se diante de um favo de mel, uma esponja ou até mesmo uma barra de chocolate. Para alguns, esses objetos comuns podem despertar um terror incontrolável, uma repulsa inexplicável. Essa aversão a padrões de buracos ou saliências é conhecida como tripofobia, um medo que assombra uma parcela da população e que ainda guarda muitos mistérios.
O que é a tripofobia?
![Tripofobia: o que é, quais os sintomas e tipo de tratamento](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/02/tripofobia-o-que-e-quais-os-sintomas-e-tipo-de-tratamento-imagem-1.jpg.webp)
Segundo a Wikipédia, a tripofobia é o nome dado para a fobia de padrões ou agrupamentos pequenos e irregulares, como buracos ou saliências. Apesar do termo ser popular na internet, a comunidade científica e médica ainda não a considera como fobia válida ou que realmente exista, já que são poucas pessoas que realmente sentem pavor ou aversão a buracos.
A tripofobia também não é reconhecida como um transtorno mental, mas pode ser considerada se passar a causar medo e angústia excessivos na pessoa.
Apesar dos poucos estudos existentes, alguns pesquisadores entendem que ela é resultante de uma repulsa biológica, associando esses padrões ao perigo ou doença, o que pode ser explicado desde o ponto de vista evolutivo.
Onde surgiu o termo tripofobia?
O termo teria surgido em um fórum online, em 2005. Desde então, o termo tem se popularizado e virou até um tópico frequente nas redes sociais.
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Inclusive, alguns psicólogos acreditam que seja um tipo de contágio emocional que vem impactando cada vez mais pessoas. Existem até grupos no Facebook dedicados a compartilhar fotos desses padrões.
Sinais e sintomas
A tripofobia frequentemente desencadeia uma resposta do sistema nervoso autônomo. As configurações que provocam reações tripofóbicas incluem agrupamentos de buracos em contextos inofensivos, como em frutas e bolhas, e em situações associadas ao perigo, como buracos feitos por insetos, ou em feridas e tecidos doentes, como os causados por moscas de manga em animais, especialmente cães.
Ao visualizar essas formas, algumas pessoas relataram sentir arrepios, pele arrepiada, ataques de pânico, sudorese, palpitações ou experimentar náuseas ou coceira.
Outros sintomas incluem tremores no corpo, sangramento nasal, sensação de desconforto e perturbações visuais, como fadiga ocular, distorções ou ilusões.
A tripofobia pode manifestar-se como uma reação de medo, repulsa ou ambos, sendo o nojo geralmente a emoção mais intensa nas pessoas com tripofobia.
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Quais tipos de imagens causam tripofobia
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Pessoas que tem esse tipo de angústia, revelaram que sentem aversão profunda a:
- Esponja;
- Bolhas de sabão;
- Esponja do mar;
- Corais;
- Poros das folhas das plantas;
- Semente de lótus;
- Romãs;
- Morangos;
- Favos de mel;
- Alguns cogumelos;
- Conjunto de olhos de insetos;
- Toalhas de crochê.
Existe tratamento para a tripofobia?
Específicos, não. Porém existem outros métodos que podem auxiliar a pessoa a lidar com essa angústia, como a terapia de exposição. Ela tem sido usada para tratar vários tipos de fobias e é um tratamento eficaz.
Quais são as causas da tripofobia?
A compreensão da tripofobia é limitada, sendo propostas várias causas possíveis. Os pesquisadores acreditam que a reação é uma resposta reflexa inconsciente baseada em uma repulsa biológica, em vez de um medo cultural aprendido.
Imagens de animais venenosos e outros seres, como o sapo Pipa pipa, com características visuais semelhantes às imagens tripofóbicas, sugerem uma possível base evolutiva destinada a alertar os humanos sobre organismos perigosos.
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No entanto, outros pesquisadores argumentam que a conexão entre a tripofobia e a evolução como resposta a criaturas mortais é fraca e, se existir uma conexão, manifesta-se mais tarde na vida, não na infância.
Especula-se que as reações tripofóbicas possam ser percebidas como sinais de doenças infecciosas, proporcionando uma vantagem de sobrevivência. Em um estudo demonstrou que pessoas expostas a imagens tripofóbicas tiveram uma aversão significativa a imagens de agrupamento relevantes para a doença, apoiando a hipótese de que a tripofobia indica uma ameaça de doença parasitária e infecciosa.
Quanto à associação com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), uma minoria significativa de pessoas com tripofobia atende aos critérios do DSM-5 para o TOC. Outros estudos relacionam a tripofobia a diagnósticos psiquiátricos comuns, como transtorno depressivo maior ou transtorno de ansiedade generalizada, embora haja discordância sobre a relação entre ansiedade geral e tripofobia.
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