Uma mulher foi acusada de maus-tratos a um cavalo no bairro Bonsucesso, na zona norte de São José dos Campos (SP), no último final de semana. Conforme a Polícia Militar Ambiental, a proprietária declarou que alimentava o cavalo com refrigerante. No entanto, ela nega as acusações de maus-tratos.
No sábado passado (20), ocorreu o caso. A equipe da Polícia Militar Ambiental relatou que encontrou um cavalo em condição muito magra, debilitado, desnutrido e sem acesso à água, em um local sujo. O animal estava se alimentando apenas de restos de banana e apresentava ferimentos nas patas traseiras.
Conforme os agentes, a responsável pelo cavalo afirmou que o recebeu de presente e cuidava adequadamente dele. Ela justificou que o alimentava com refrigerante e bananas, e que o deixava solto no pasto.
Perante a situação, a polícia levou a tutora até a delegacia, onde recebeu uma multa de R$ 3 mil por negligência com o animal.
Apesar da constatação, a Polícia Militar Ambiental não encontrou um local apropriado para encaminhar o animal, então o cavalo permaneceu sob posse da tutora.
Nesta terça-feira (23), a Prefeitura de São José dos Campos anunciou que o Centro de Controle de Zoonoses receberá o animal, atendendo ao pedido da Polícia Militar Ambiental.
Após os trâmites legais, o animal será retirado da atual tutora e receberá os cuidados necessários para se recuperar afirmou a prefeitura em comunicado.
O que diz a tutora
Por telefone, a advogada da proprietária do cavalo negou as acusações de maus-tratos e afirmou que irá recorrer da multa aplicada pela Polícia Militar Ambiental.
De acordo com a advogada, o animal é idoso, com aproximadamente 33 anos, uma idade superior à expectativa média de vida de um cavalo, que geralmente varia de 25 a 30 anos, explicando assim o seu estado debilitado. Ele foi resgatado pela tutora há cerca de sete anos, quando já era um animal idoso e aposentado do serviço.
Segundo o relato, o animal seria sacrificado devido aos ferimentos, incapaz de continuar trabalhando em um sítio, e a mulher se sensibilizou com a situação, acolhendo o cavalo em sua propriedade como um animal de estimação.
A defesa ressaltou que o animal é alimentado e hidratado adequadamente, seja através do pasto, das frutas que a tutora adquire para ele, ou do acesso livre a uma represa na propriedade, onde pode beber água. Além disso, afirmou que a tutora nunca ofereceu refrigerante ao animal.