Está circulando nas redes um vídeo em que um motorista de aplicativo “se vinga” de uma passageira.
O episódio aconteceu após ela cancelar a corrida pelo 99 e, ao solicitar uma nova viagem pelo Uber, ter sido vinculada ao mesmo condutor, que por sua vez, não deixou “barato”.
O motorista aceitou a nova corrida e mandou uma mensagem perguntando se ela “cancelaria novamente”.
A mulher respondeu que o estava aguardando. Assim, foi até ela e, ao chegar bem perto, o motorista cancelou a nova corrida, acenando e sorrindo em tom de deboche.
O cancelamento de corridas é algo muito debatido ao longo dos anos, por praticamente todas as plataformas que existem.
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O assunto, inclusive, já foi motivo para uma onda de desligamento em massa da Uber em 2021, com mais de 15 mil descadastramentos de motoristas que acumulavam reclamações desse tipo.
Conforme o que já foi relatado pela empresa à redação naquela época, motoristas parceiros são profissionais independentes e, assim como os usuários, podem cancelar viagens em caso de necessidade.
Pela facilidade de voltar atrás apenas com o toque de um botão, seja por motivos de vingança ou não, a prática ainda é bastante comum, tanto por passageiros quanto por motoristas.
“Porém, cancelamentos excessivos ou para fins de fraude representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas. Equipes e tecnologias próprias revisam os cancelamentos, para identificar suspeitas de violação ao Código da Comunidade e, caso sejam comprovadas, banir as contas envolvidas, de motoristas e passageiros”, disse a Uber.
Do outro lado, Denis Moura, diretor executivo da Associação de Motoristas Particulares Autônomos do Rio de Janeiro (Ampa-RJ), uma forma de o passageiro ajudar é entender a relação como uma parceria.
“Muitas vezes a gente fica refém do passageiro, que faz reclamações injustas à plataforma. Para eles, uma reclamação pode representar um desconto na corrida, para o motorista, ela pode gerar um banimento. Com isso, o número de profissionais fica cada vez menor e será cada vez mais difícil ter um serviço de qualidade”, opina.
O ponto em comum entre os dois lado dessa mesma “moeda” é que tanto motorista quanto passageiro têm a perder com os cancelamentos.
Seja por conta do tempo a mais que cada um precisará para que a corrida seja executada, ou pelo próprio histórico de comentários e reclamações dentro da plataforma.
E como o negócio da corrida por aplicativo está cada vez mais ficando descentralizado, as tolerâncias a esse tipo de atitude se tornam cada vez mais baixas.