O caso aconteceu no Reino Unido. Homem tinha recebido apenas a primeira dose da vacina Pfizer. Entenda!
David Longden foi um dos primeiros profissionais de saúde a receber a vacina Pfizer contra o coronavírus, no Reino Unido, onde a vacinação começou dia 8 de dezembro de 2020.
Ele é enfermeiro e trabalha na linha de frente contra a doença, no Princess of Wales Hospital, no País de Gales, e tinha a segunda dose do imunizante marcada para o dia 5 de janeiro. No entanto, a segunda fase da imunização foi cancelada após a decisão do governo do Reino Unido de destinar os imunizantes dessa fase a mais pessoas que ainda não tinham sido vacinadas, numa tentativa de proteger o maior número possível da população contra o vírus, já que os casos estavam aumentando.
Apenas três dias após a data na qual receberia sua segunda dose, David recebeu uma surpresa nada agradável: testou positivo para covid-19. Ele está em isolamento e ficará longe dos pacientes, até melhorar, segundo o The Sun.
Segundo o portal de notícias, David não foi o único profissional de saúde a testar positivo após a primeira dose do imunizante da Pfizer.
Em entrevista ao The Sun, David disse que está desapontado com o seu resultado positivo e acredita que o governo precisa trabalhar mais para proteger a população que trabalha na linha de frente.
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Ele precisou se afastar do companheiro, que faz parte do grupo de risco, por ser diabético e ter outros problemas de saúde, e completou dizendo que a segunda dose traria paz de espírito a ele e ao parceiro.
David ainda disse que há um consenso entre os funcionários de que não estão devidamente protegidos, apesar de contarem com uma vacina com 95% de imunidade.
O plano original é que a segunda dose da vacina seria aplicada 21 dias após a primeira, mas agora, com a mudança determinada pelo governo do Reino Unido, as autoridades estão sugerindo que os pacientes recebam a segunda fase da imunização apenas quatro meses após a primeira.
O The Sun apontou que quatro diretores médicos do Reino Unido se mostram “confiantes” em que a primeira dose traga proteção substancial de duas ou três semanas após sua aplicação, mas não há dados científicos que comprovem tal afirmação.
O portal de notícias ouviu Dr. Andrew Preston, do Departamento de Biologia e Bioquímica da Universidade de Bath, que explicou que David testou positivo no dia 24 e percebeu os sintomas no dia 23.
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Levando em conta o período normal de incubação, de cinco ou seis dias, isso indica que ele foi infectado antes do 21 dia, prazo normal da segunda dose. Ele ainda afirmou que acredita ser impossível que o atraso na segunda dose tenha levado à infecção do enfermeiro.
Dr. Preston deu o alerta de que precisamos nos lembrar que as vacinas não são 100% eficazes, e isso coloca as pessoas em risco de contágio e de se sentirem indispostas, mesmo tomando duas doses de um imunizante.
Stephen Evans, professor de farmacoepidemiologia da London School of Hygiene & Tropical Medicine, também procurado pelo The Sun, acrescentou que é normal as pessoas que tomaram apenas a primeira dose se sentirem ansiosas ou não tão protegidas, mas que devem entender que essa primeira dose dará a muitas pessoas proteção completa durante um período razoável de tempo, de no mínimo três meses.
Ele ainda disse que o pensamento de que a primeira dose protege apenas por 21 dias ou um mês não é biologicamente plausível.
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