Para muitas pessoas, a escolha de ter um animalzinho de estimação passa por várias etapas. Desde por qual animal decidir, o porte, características comportamentais, etc. Algumas pessoas preferem cães e ainda assim, escolher uma raça específica é sempre um grande desafio.
No Brasil, a preferência nacional é sem dúvida nenhuma o vira-lata. Em uma pesquisa realizada pelo portal GuiaVet, tutores de todo o país revelaram que têm preferência por cães sem raça definida, seguidos dos tutores que gostam do Shih Tzu e Pinscher.
Acontece que as preferências por cachorros variam de acordo com os países e para confirmar a teoria, um veterinário britânico acabou criando uma tremenda polêmica ao comentar sobre raças que ele jamais escolheria para ter, mas explicou os motivos para sua negativa.
![Veterinário cria polêmica ao citar cinco raças de cães a serem evitadas](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Screenshot_11-2.jpg.webp)
“Eu amo todos os cachorros, mas que ao trabalhar com veterinária você passa a ser mais exigente quando se trata de raças de cães”, explicou o médico veterinário Ben Simpson-Vernon, que teve seu vídeo nas redes sociais viralizado pela escolha polêmica.
Ainda na introdução do vídeo, o médico veterinário britânico explica que algumas raças ele já viu morrendo em seus braços e que uma outra espécie que ele terminou atendendo, acabou enlouquecendo.
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Para o médico veterinário, o dobermann não é uma boa raça para se ter em casa. Segundo ele, essa raça tem uma maior tendência a desenvolver algum tipo de doença cardíaca, como a “cardiomiopatia dilatada”. O médico veterinário disse que essa doença tem, na maioria dos casos clínicos, um prognóstico ruim. Essa teria sido a raça que Ben Simpson-Vernon teria visto cair morto”, antes que ele pudesse fazer algo para evitar o triste final do animal. “Foi uma experiência traumática o suficiente para eu nunca ter um”, disse o médico, segundo o site Metrópoles.
Outra raça que o médico veterinário britânico prefere evitar é a border collie. Mesmo sendo bastante saudáveis, esses cachorros tendem a ter epilepsia. “Descobri que essa raça não se adapta muito bem à vida sedentária de ser um animal de estimação”, comentou o médico veterinário.
Os border collies seriam totalmente desaconselhados para tutores que evitam sair com seus cachorros ou têm bastante tempo disponível para brincar ou mantê-los ocupados. O profissional relatou que viu inúmeros casos de cachorros dessa raça terem comportamentos considerados destrutivos por seus tutores, mas tinham sido posteriormente diagnosticados com quadros clínicos de ansiedade.
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Em terceiro lugar estariam os boxers. Apesar da cara de mau, os boxers são uma raça bastante carinhosa e afetiva. Eles mantêm uma conexão bastante profunda com seus tutores. Mas o motivo para que o veterinário não os escolhesse é bastante inusitado: os boxers são bastante propensos a terem aproximadamente 74 doenças relacionadas com a raça em específico.
O médico veterinário explica que durante seus estudos, a literatura médica aponta que são os que mais sofrem com doenças tipo tumores cerebrais, tumores cutâneos, úlceras da córnea, chegando até a estenose aórtica. “Já vi muitos boxers com todos esses problemas”, disse Ben Simpson-Vernon.
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Em quarto lugar aparece o dogue alemão. A raça é emblemática por dar vida ao eterno Scooby Doo, mas o veterinário dá para trás quando o quesito é a adoção dessa raça em específico. Ben Simpson-Vernon revela que a taxa de vida é relativamente baixa, sendo que a maioria vive aproximadamente até os sete anos. Além da curta expectativa de vida, os dogues alemães são cachorros que precisam ter uma dieta pesada e equilibrada.
“É muito difícil amar um cachorro e depois perdê-lo naquele curto espaço de tempo. Acho que não sou uma pessoa de ‘cachorro grande’”, disse o veterinário britânico Ben Simpson-Vernon.
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Em último lugar está o flat-coated retriever. A raça é mais popular no Reino Unido, mas é possível achá-la no Brasil. De acordo com o médico veterinário, a raça é propensa a desenvolver um tipo agressivo de câncer.
“Eles são garotos-propaganda desse tipo de câncer. Aproximadamente 50% morrem de sarcoma histiocítico”.
Apesar da lista ser bastante polêmica, o médico veterinário Ben Simpson-Vernon afirmou que se pudesse, ele evitaria que todas as raças tivessem alguma propensão a alguma doença, mas que infelizmente se sente incapaz de ajudar casos extremos.