Os cães dessas raças não são os mais recomendados para se ter como pet. Entenda os motivos!
Os cães estão entre os animais de estimação preferidos da grande maioria das pessoas. A cumplicidade, a amizade e os bons momentos que vivemos com esses animais nos fazem amá-los e considerá-los como membros de nossa própria família.
No entanto, nem todas as raças são indicadas por veterinários. Conforme contado em uma pela People, alguns veterinários de Londres, na Inglaterra, estão tentando conscientizar as pessoas a deixarem de comprar cães buldogues ingleses, buldogues franceses e devido a preocupações com a saúde.
Segundo Royal Veterinary College (RVC) do Reino Unido, as raças estão “comprometidas” por uma “alta taxa de problemas de saúde relacionados à forma corporal extrema” que foi criada neles.
Um estudo realizado pela faculdade recentemente pede que sejam tomadas “ações urgentes” para reduzir os graves problemas de saúde que os animais dessa raça apresentam por conta de “características exageradas” da raça, como suas faces planas.
No estudo, a saúde de milhares de buldogues de estimação foram comparadas com a de animais de outras raças, e os resultados são preocupantes.
- Mundo Animal: Menina de 10 anos se salva de ser comida por jacaré usando truque aprendido em parque temático
A pele enrugada das raças Bulldog, a mandíbula protuberante e os corpos atarracados também colocam são fatores que colocam sua saúde em risco. Entre alguns dos principais problemas que os buldogues podem enfrentam por conta de sua condição física estão problemas oculares, infecções nas dobras da pele e dificuldade para respirar, de acordo com o estudo.
Após a divulgação de que os buldogues ingleses são duas vezes mais propensos a desenvolver uma série de distúrbios de saúde, os veterinários que atuaram no estudo estão esperançosos de que as pessoas deixarão de criar e comprar cães projetados com essa aparência.
Em um comunicado de imprensa publicado online, a faculdade informou: “O Bulldog Inglês aumentou acentuadamente em popularidade no Reino Unido na última década. Questões de saúde e bem-estar, incluindo problemas respiratórios, doenças de pele e ouvidos e distúrbios oculares.”
“Infelizmente, muitas das características problemáticas da raça, como um rosto muito achatado, dobras faciais profundas e respiração barulhenta, ainda são muitas vezes percebidas por muitas pessoas como novidades ‘normais’ ou até ‘desejáveis’, em vez de grandes questões de bem-estar”.
O estudo
O programa VetCompass do Royal Veterinary College analisou amostras aleatórias de 2.662 bulldogs ingleses e 22.039 cães de outras raças, comparando-as entre si. Através do resultado, perceberam que essa raça tem o dobro de propensão a apresentar um ou mais distúrbio por ano do que cães de outras raças. propensos a ter um ou mais distúrbios em um único ano do que outras raças.
O buldogue começou a ser desenvolvido na Inglaterra séculos atrás, e era usado em touros de luta. Em 1835, a raça quase deixou de existir, quando a luta de cães foi proibida, porém os entusiastas se certificaram de mantê-la viva.
Os veterinários que atuaram no estudo esperam que o público aceite uma aparencia mais “natural” da raça. “No futuro, o Bulldog Inglês deve ser reconhecido e amado por ter um rosto mais comprido, cabeça menor e pele sem rugas, representando uma conformação mais moderada e saudável”, opinaram.
O principal autor do artigo, Dan O’Neill, que também é professor associado de epidemiologia de animais de companhia no RVC, afirmou que todos os cães têm o direito de nascer com uma boa saúde, tendo a capacidade de respirar, piscar e se exercitar livremente, e também de ter uma pele lisa e saudável, acasalar e dar à luz.
O professor também opinou que a população tem uma grande importância para uma melhora da vida de animais como os bulldogues ingleses, exigindo cães com conformações moderadas e saudáveis.