O que gosto em mim? Amo demais, vivo demais e arrisco mais ainda.
Dizem que me perco sempre, que ouso muito e que tenho que fazer planejamentos para não ficar sofrendo depois. Ter algo mais equilibrado e duradouro. Que faço as coisas sem pensar. Claro que faço pensando, pensando no momento. Eu vivo o momento. O hoje e ponto final.
Mas acho que sim… sofro mais, mas afirmo que vivo muito mais. Mas é um sofrer tranquilo. Aquela dorzinha de leve que vai sumindo bem rapidinho e pronto. Passou.
Seguir em linha reta é para os básicos. Não para mim. Ganho e perco as coisas com uma facilidade incrível. Me julgam, crucificam e digo que não tenho e não possuo nada e nem ninguém. As coisas serão somente coisas. Nada mais que isso. É usar ou usar. Guardar para que? Se apegar a bens materiais? Jamais. Não é comigo. Não mesmo.
As pessoas requerem um pouco mais de cuidados. Sentimentos são sempre mais complicados. Opa, não para mim. Quer dizer, respeito acima de tudo a opinião alheia, os sentimentos alheios e tudo que diverge das minhas convicções que não são fixas, diga-se de passagem. Eu escuto muito, então, consequentemente, aprendo muito.
Tenho minha essência que não será afetada, mas adoro escutar o que outros têm a dizer pois somos criados por famílias diferentes com visões de vida diferentes e isto que faz o ser humano ser espetacular: As diferentes formas de encarar a vida. Às vezes queremos ir para o mesmo lugar, mas por caminhos diferentes.
O que eu quis dizer é que você sabe se sente algo por alguém ou não. Se quer estar com ela ou não. Simples assim? Bem simples. Em relação a tudo. Não me diga que não termina um relacionamento, pois é muito difícil: “São anos juntos, mas não o (a) amo mais, mas eu não suportaria ver ele (a) com outra (o) ”. Este sentimento de se “ter” uma pessoa é algo bizarro. Odeio estes rótulos.
E então vive traindo e volta para casa para ficar com seu amor. Acho muito baixo nível isso. É só terminar. Qual o problema nisso? Não ama mais? Some. Não atrapalha a vida de quem quer viver algo real. Ou então abre o jogo e veja o que espera você. A sorte estará lançada. Entenda que todos devem ser livres. Aliás, todos SÃO livres. Se prendem não sei por qual motivo. Fico fascinado com a burrice que fazem com a liberdade.
Mas calma lá, falei em liberdade e não libertinagem. Sem confusão. Não sou adepto da poligamia e jamais serei. E não, não é demagogia e nem quero demonstrar ser um bom moço, até mesmo porque acho que não sou. E nem me esforço para ser. Só sigo minhas convicções, no que acredito e o que me faz feliz. E isto me faz feliz. Acham que por ser homem não falo isso a meus amigos solteiros? Poderia sim, ser mais uma contar lorotas quando estamos sozinhos e ser “O CARA”. Não sou e nem tenho vocação. Falo o que penso e todos eles sabem disto.
Eu sempre serei o cara que estará escorado no bar, na balada. Sempre. Quem não me conhece, compra sim. Já compraram. E quase sempre saio taxado de alguma coisa. Canso de escutar isso. Virou rotina. Não que eu me importe, não mesmo. Foi uma escolha minha e nem me sinto ofendido por isso. Por fim, acabo conversando e explicando meu jeito de ser. Não é de difícil compreensão.
Ah, reforçando…não sou santo e nunca serei, mas gosto de ser assim. Poderia ser diferente. Poderia gostar de ser o pegador. Muitos gostam e nem cabe julgar isso. Realmente, cada um sabe o que lhe faz feliz. Siga seu instinto e coração. Bem fácil.
Algumas de nossas diferenças são essas. Não ponho limites do que devo ou posso fazer. Eu faço. Do meu jeito, mas faço.
E sofro todas as consequências disto, inclusive do real sentido da palavra VIDA. Não posso crer que a minha existência seja baseada em trabalho, dinheiro, aquisições e “VIVER” os fins de semana.
Nem se deu conta que vive somente de sexta a Domingo né? Aliás, que sobrevive durante a semana para então viver estes dias. “Eu preciso ganhar muito dinheiro para comprar uma casa, um carro, roupas”… E pasmem: 30, 40, 50 anos. Vai começar a viver da metade. Se chegar a metade já se dê por satisfeito. Mas chegar com a vida bem vivida.
Tenho orgulho de dizer que sei viver. Ando descalço sem medo de pisar em um prego e fico com o pé todo preto, mas feliz sem nada para me apertar os dedos. Fico sem camisa na chuva e aproveito muito dessa água abençoada e ainda sinto uma das melhores sensações do mundo que é aquele banho quente depois de me molhar.
Sento na grama sem medo de ser mordido por formigas. Brinco com os animais da rua sem me preocupar se têm alguma doença ou não. Aperto a mão dos moradores de rua sem achar que vão me transmitir algo.
Quando sinto no coração, não fico com medo de dizer ou de arriscar. Pode dar errado, mas pode dar muito certo.
E se algo der errado? E se você se prejudicar? Esqueça essa história de ser o coitado, a vítima. O que as pessoas fazem, fazem para elas. A maneira que você absorve e aceita o que fazem é que determina seu estado de espírito. Ninguém tem o dom de dizer como você deve se sentir. Ninguém.
As dúvidas e as negações não podem existir.
Entenda de uma vez que ninguém disse que você deveria nascer, passar 50 anos da sua vida entre estudos e trabalho, ficar velho e morrer. Tem algo no meio disto tudo, não acha? Tem que chegar lá pertinho do fim da vida e ainda ter milhares de histórias para contar e relembrar juntamente com as novas.
Abismado como as pessoas deixaram de viver. Posso estar sendo repetitivo, mas está difícil olhar para os lados e ver as pessoas deixando as coisas acontecerem.
É triste demais. É triste…