Felicidade. Certo. Defina felicidade. Pronto, o silêncio toma conta do ambiente.
Todos os presentes se olham, provavelmente tentando pensar em algo que não soe tão clichê quanto o trio “saúde, dinheiro e amor”, porque na maioria das vezes as definições de felicidade não passam muito longe dessas três palavras e suas derivações.
Mas será que isso basta? Será que se fosse assim não teríamos uma quantidade muito maior de pessoas felizes no mundo? Será que realmente sabemos o que queremos e o que nos faz felizes? Ou construímos um modelo engessado de felicidade na nossa mente que perseguimos sem ao menos questionar se nos é interessante ou não só porque alguém nos disse que era o conceito certo?
Bem, acredito que cada um tem que procurar dentro de si saber o que o deixa feliz para depois projetar essa felicidade interior pra vida externa, pois muitos já disseram isso e eu repito, enquanto se sentir feliz não for uma coisa natural para você, enquanto você não conseguir encontrar pequenos motivos dia a dia para sorrir, sinto muito, mas não vai adiantar você ter o parceiro mais amoroso, fiel e dedicado, a saúde mais perfeita, o carro do ano, as contas quitadas, filhos super comportados e o emprego dos sonhos simplesmente porque isso não vai por si só te trazer a felicidade. A felicidade não vem de fatores externos. Vem da pessoa. Vem de dentro de cada um.
Existem três tipos de pessoas no que diz respeito ao quesito “se sentir feliz”:
1) A que todo dia tem um motivo para agradecer. São pessoas de luz. Pessoas que faz bem ter por perto porque mesmo quando as coisas não vão bem é como se elas renascessem diante das contrariedades. São constantemente chamadas de pessoas Otimistas.
2) A que a cada acontecimento encontra um motivo para reclamar. São pessoas nubladas. Que passam pela vida como se sempre houvesse uma nuvem negra sobre a cabeça delas. Se você contar um problema seu para ela, ela sempre terá um pior. Tem uma tendência a se tornarem invejosas e a se lamentarem de forma crônica. Se sentem vítimas e acreditam que com elas nada dá certo por culpa de algo ou de alguém. São vistas como Pessimistas.
3) E por último, existe aquela pessoa “mais ou menos”. Para essa pessoa nunca nada está ótimo ou ruim. Não externa tristeza nem alegria. Tem uma energia neutra e nunca toma decisões pois o que decidirem ou o que acontecer para ela está bem. Não emite nenhum tipo de vibração, nunca solta uma gargalhada. Enxerga a vida preto no branco e se conforma fácil com tudo. Acomodada. São vistas muitas vezes como alguém Realista.
Para os pessimistas eu recomendo que parem de se sentir vítima. O mundo não existe pra te fazer sofrer. As pessoas não estão na terra para estragar a tua vida. A única pessoa responsável por tudo que te acontece é você. Não existem outros culpados. Existe um livro chamado Pollyanna, no qual a menina protagonista utiliza um jogo chamado “jogo no contente” como ferramenta para qualquer situação da vida dela. O jogo consiste em buscar em toda e qualquer situação um motivo para ficar contente. Recomendo.
Para os ditos realistas recomendo que tentem deixar a racionalidade um pouco de lado e olhe para si, na tentativa de descobrir o que te faz vibrar. O que te faz bem. O que te faz sentir alegria interior. É um processo demorado, pois inicialmente é difícil lutar contra a preguiça mental que a pessoa carrega consigo. É difícil lutar contra a energia da acomodação mas uma vez iniciado o processo, a tendência é a pessoa ter sua jornada transformada, isso se ela estiver disposta a seguir com o processo.
Felicidade é algo que vem de dentro e não consiste em se sentir como num comercial de margarina o dia inteiro mas sim significa que você tem gingado pra driblar as situações de modo que você não se acomode e nem caia no ciclo da reclamação.
E ao final do dia, após um balanço do teu dia você tenha a capacidade de perceber que tem muito mais a agradecer. O esforço vale a pena porque todos nós merecemos saber de verdade o real significado da palavra felicidade.
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