“Seja legal com as pessoas, seja gentil e seja atencioso o quanto quiser, mas no final do dia, nunca coloque ninguém antes de si mesmo”, escreveu G.L. Lambert.
A bondade é maravilhosa, mas mesmo essa característica virtuosa tem um lado sombrio. Às vezes, somos bons por razões erradas. Às vezes, somos gentis com as pessoas erradas. Às vezes, somos bons com os outros, mas negligentes ou até mesmo abusivos com nós mesmos. Nessas situações, nossa própria bondade pode vir a nos destruir.
Nós fazemos de tudo para agradar às pessoas e isso destrói nosso senso de identidade e nos conduz à depressão.
Você já foi acusado de ser “bondoso demais”?
Aqui estão três razões pelas quais esta estratégia de vida pode estar ferindo sua saúde mental:
1.Fazer de tudo para agradar pode abrir espaço para o desrespeito, tanto dos outros quanto de nós mesmos.
Quando os outros sentem que você prefere agradá-los do que agradar a si mesmo, eles assumem que você tem pouco valor em seus próprios olhos. Eles vão pensar, erroneamente, que você tem pouco a oferecer ao mundo. Logo, você vai começar a acreditar nisso, também. Cabe a você mostrar a eles – e a si mesmo – que suas opiniões são importantes. Dê voz aos seus valores e ideais, mesmo quando eles puderem não ser populares. Exija o respeito dos outros, e, mais importante, respeite a si mesmo. Uma autoestima positiva é uma de suas armas mais importantes na luta contra a depressão. Cultive-a. Use-a em todas as oportunidades. Não dê a ninguém a impressão de que seus sentimentos são algo a desprezar.
2.Ser gentil pelas razões erradas é prejudicial
Muitas vezes, nós bajulamos as pessoas para conseguirmos o que queremos. Queremos ser apreciados. Queremos a aprovação dos nossos entes queridos e da sociedade. Às vezes, só queremos que as coisas sejam fáceis. Infelizmente, como Criss Jami salientou: “Ser bondoso apenas para ser apreciado em troca anula a boa ação.” Bondade é válida somente quando é sincera. Se a sua bondade deseja algo em troca, você certamente ficará desapontado. Isso levará a amargura, exaustão e, eventualmente, depressão.
3.Quando nos diminuímos em favor de outros, estamos permitindo que definam o senso de quem somos
Você já se sentiu como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa? Quando bajulamos àqueles que nos rodeiam, isso pode acontecer com muita facilidade. Você cursa direito para agradar seus pais. Você se muda para uma cidade movimentada e adota um gato para agradar seu parceiro. Você vai à igreja para agradar a sua família e amigos. Do lado de fora, isso parece a vida dos sonhos. Pena que não é o seu sonho. Ninguém sabe que, no interior, você gosta do interior, prefere cães e é atéia. Quando você mantém essas partes de si mesmo escondidas para agradar aos outros, elas se transformam em ressentimentos. As melhores e mais vibrantes coisas sobre você começarão a ficar podres. Você ficará deprimido enquanto observa seu verdadeiro eu se desvanecer no esquecimento. Não deixe isso acontecer. Seus entes queridos podem viver suas próprias vidas, como quiserem. A sua vida pertence apenas a você. Torne-a real.
Cuidar de si mesmo não é egocêntrico. Na verdade, é exatamente o oposto. Autocuidado é uma maneira de se fortalecer.
Você se torna mais forte, mais útil para os outros e mais resistente a bajular pessoas e à depressão
Você desenvolve um forte senso de si mesmo e torna-se capaz de identificar e apreciar o que tem para oferecer ao mundo. Conheça a si mesmo. Cuide-se. Ame a si mesmo. Valorize-se. Recuse-se a desempenhar um papel de apoio na vida de outra pessoa, quando deveria estar estrelando seu próprio filme.
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Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: I Heart Intelligence